O AMOR - Parte dois
O AMOR - Parte dois
Semana passada falei do amor vivido... aquele que pode nos dar alegria infinita ou tristeza sem fim, dependendo do caso. Afinal, amar alguém não é garantia de felicidade. Isso porque existem mil formas de se amar... estranho, não é? Falando assim, parece que o ato de amar pode ser visto de várias maneiras diferentes... e sabe o que é o pior? Isso é uma verdade que não queremos admitir, mas que faz parte de nossas vidas. É claro que temos em mente aquele amor lindo e maravilhoso dos contos de fadas, onde as duas pessoas se encontram e, após idas e vindas, ficam juntas e são felizes para sempre... esse é o nosso amor ideal. Mas, infelizmente, ele não existe... seria bom se existisse, não é mesmo? Já pensou que legal, você ao lado da pessoa que ama, e a felicidade morando em seu lar, sem rusgas, sem desavenças... sem mal entendidos. Nossa, seria o Paraiso na Terra, não é mesmo? Mas... por mais que você ame a pessoa que escolheu para viver ao seu lado, isso não acontece. E por que? Caramba, você ama essa pessoa de paixão, ela daria a vida por você... e ainda assim as coisas descambam de vez em quando... por que? Se nós nos amamos tão fervorosamente, se a gente não consegue ficar afastada uma da outra, porque então as rusgas acontecem, muitas vezes distanciando o casal que tanto se amava no inicio?
Para responder essa pergunta, temos que pensar um pouco, analisar como as pessoas agem e reagem. A primeira coisa que temos que ter em mente é que estamos mudando a todo instante...evoluindo ou involuindo, depende do caso. A cada segundo que vivemos somos uma nova pessoa. Nossa perspectiva de vida muda, nossos sonhos e desejos se transformam. Aquilo que a momentos atrás era de suma importância em minha vida pode não significar nada para mim daqui a algumas horas. Por que, de repente, pode ter perdido todo o sentido que eu pensava ter... e descubro que aquilo não era assim tão interessante quanto imaginava. E aí tem um probleminha, que complica ainda mais as coisas para nós... esse conceito volúvel se aplica a tudo, em nossa vida... inclusive às pessoas que nos cercam, inclusive à pessoa que vive ao nosso lado. Não é por outro motivo que algumas pessoas vivem se apaixonando por outras que não suas parceiras. É por isso que muitos cônjuges traem seus pares. Mas sabem o que é mais engraçado nisso tudo, embora seja realmente trágico? É que, por mais que a pessoa procure outro alguém fora da sua "relação normal", o perfil dessa sua nova paixão será bem semelhante àquela que já vive ao seu lado. Algumas vezes, embora nem sempre, até o biotipo de ambos objetos do desejo, a antiga e a nova paixão, são semelhantes. Mas, se o biotipo for diferente, tenha certeza... as outras características serão muito parecidas. Isso porque tendemos sempre a procurar nos relacionar com pessoas que tenham algumas características que nos agradem... não é por outro motivo que, volta e meia você ouve alguém se queixar que "os homens são todos iguais" ou "as mulheres são todas iguais"... depende de quem está se queixando. Não é que as pessoas deste ou daquele gênero sejam todas iguais...não são. É que, como eu falei acima, a sua tendência é escolher para ficar ao seu lado alguém que tem certas características que te agradam. E, então, você sempre estará ao lado do mesmo tipo de pessoa, com os mesmos problemas do relacionamento anterior...
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