CONTRADIÇÕES...
Esta sexta feira maravilhosa (já estamos no segundo dia de dezembro... daqui a pouco o ano acaba! Meu Deus! Como o tempo passa voando!) amanheceu com um sol gostoso brilhando no horizonte, com 18ºC no momento, podendo chegar até os 30ºC... é claro que há previsão de chuva para a tarde, afinal, estamos na primavera e é comum nessa época do ano chuvas localizadas. É meu ultimo dia útil de férias, segunda feira volto para o escritório, retomar minha rotina por mais um ano. E fico aqui pensando... e é engraçado quando a gente começa a pensar, pois os assuntos mais sem pé nem cabeça surgem de repente em nossa mente. Por exemplo, sabem do que me lembrei agora? Da Lenda de Sísifo... é claro que só me lembrei disso porque ontem li uma crônica sobre ele e, embora não concorde com a maioria das coisas que o cronista dizia, uma coisa tenho que admitir... algumas vezes nos pegamos, como Sísifo, a desempenhar tarefas que, se analisarmos friamente, não serve para nada em nossas vidas. Ah, para quem não se lembra de Sísifo... ele foi condenado pelos deuses a empurrar eternamente uma pedra montanha acima... quando ela estava quase chegando no topo, escapava e rolava de volta à base da montanha... Vocês, às vezes, não tem a sensação de que seu esforço para levar sua pedra no alto da montanha é infrutífero, uma vez que normalmente ela escapa de suas mãos e retorna ao pé da montanha, te fazendo reiniciar todo o processo novamente? Muitas vezes eu tenho essa sensação...
Outra crônica que li falava da grandeza física do ser humano, uma vez que são necessários bilhões de células para compor nosso corpo, tudo isso para que nossa alma possa habitar esse receptáculo e viver nesse mundo velho sem porteira, como diziam os antigos... é uma coisa que a gente não costuma pensar, não é mesmo? Afinal, estamos acostumados a ver nosso exterior, e nem imaginamos como nossa estrutura é complexa... mas aí, no meio da leitura, lembrei-me de outra coisa... tamanho é algo realmente relativo. Se precisamos de bilhões e bilhões de moléculas, formadas por incontáveis átomos, e servimos de morada para outros tantos milhões de seres vivos (sim, se pensarmos friamente, não passamos de um grande continente explorado e conquistado por seres diversos, que montam suas colônias dentro de nós... para esse seres, somos o infinito...), por outro lado, se pensarmos no tamanho do Universo, não somos mais que um grão de pó na constituição da vida... estranho quando pensamos assim, não é mesmo?
Bem, vamos deixar esses pensamentos pra lá, e vamos pensar na beleza da vida que temos. É claro que todos passamos por vários percalços em nossas vidas, afinal isso faz parte do processo de nosso crescimento físico e espiritual... físico, porque depois de cada dificuldade enfrentada, nos tornamos mais fortes, devido a experiência que ganhamos durante a jornada... espiritual, porque, querendo ou não, depois de cada tropeço que levamos nossa psique muda. Ou para melhor ou para pior. Mas muda. E, não importa se melhoramos ou pioramos nosso gênio, isso é um crescimento. Como assim, você me pergunta, uma pessoa má, de índole ruim, pode ser considerada como se estivesse evoluindo espiritualmente? Por mais estranho que pareça, sim. Na minha opinião, é claro. É que vivemos em um mundo onde a dualidade impera. Senão, vejamos... macho = fêmea; claro = escuro; bonito = feio; grande = pequeno; bem = mal; bom = mau... perceberam que, como uma moeda, tudo na vida tem dois lados? E, por mais que nos doa admitir, um ser que para a maioria das pessoas é ignóbil, para sermos gentis, está evoluindo espiritualmente, conforme vai vivendo novas experiências, aprendendo novas formas de maldade... está evoluindo, mesmo que de forma negativa. Afinal, na dualidade citada acima, o outro lado do positivo é o negativo, não é mesmo?
Mas vamos deixar isso de lado e admirar as flores que enfeitam nosso mundo, tá bom? Agora de manhã, quando fui alimentar meus gatos, notei que a roseira tem um novo botão desabrochando. É a coisa mais linda. Uma rosa bem vermelha... lindo demais, não é mesmo? E, com as chuvas dos últimos dias, as plantas estão alegres e felizes, dá para sentir seu sorriso cativante... e assim a vida vai seguindo seu curso...
Que esta sexta feira seja a mais linda e maravilhosa que já vivemos em nossas vida. Que Deus despeje sobre nossas cabeças sua benção, e nos ajude a sempre trilhar o caminho da \luz, para que sejamos o porto seguro das pessoas que amamos...
Beijos e até amanhã....
CONTRADICTIONS...
This wonderful Friday (we are already on the second day of December... in a little while the year will end! My God! How time flies by!) dawned with a pleasant sun shining on the horizon, with 18ºC at the moment, possibly reaching the 30ºC... of course there is rain forecast for the afternoon, after all, it's spring and localized rains are common at this time of year. It's my last working day of vacation, on Monday I go back to the office to resume my routine for another year. And I'm here thinking... and it's funny when we start to think, because the most pointless subjects suddenly appear in our minds. For example, do you know what I just remembered? Of the Legend of Sisyphus... of course I only remembered that because yesterday I read a chronicle about him and, although I don't agree with most of the things the chronicler said, one thing I have to admit... sometimes we get caught up, like Sisyphus, performing tasks that, if we analyze it coldly, are of no use in our lives. Ah, for those who don't remember Sisyphus... he was condemned by the gods to eternally push a boulder up the mountain... when it was almost reaching the top, it would escape and roll back to the base of the mountain... Don't you sometimes have the feeling that your effort to take your stone to the top of the mountain is fruitless, since normally it slips out of your hands and returns to the bottom of the mountain, making you start the whole process all over again? I often get this feeling...
Another chronicle I read spoke of the physical greatness of the human being, since billions of cells are needed to compose our body, all of this so that our soul can inhabit this receptacle and live in this old world without a gate, as the ancients said... It's something we don't usually think about, isn't it? After all, we're used to seeing our outside, and we don't even imagine how complex our structure is... but then, in the middle of reading, I remembered something else... size is really relative. If we need billions and billions of molecules, formed by countless atoms, and we serve as homes for millions of other living beings (yes, if we think about it coldly, we are nothing more than a great continent explored and conquered by diverse beings, who set up their colonies within of us... for these beings, we are the infinite...), on the other hand, if we think about the size of the Universe, we are nothing more than a grain of dust in the constitution of life... strange when we think like that, isn't it same?
Well, let's leave those thoughts behind, and let's think about the beauty of the life we have. Of course, we all go through various mishaps in our lives, after all, this is part of the process of our physical and spiritual growth... physical, because after each difficulty faced, we become stronger, due to the experience we gained during the journey. .. spiritual, because, like it or not, after every stumble we take our psyche changes. Either for better or for worse. But it changes. And it doesn't matter if we improve or deteriorate our temper, that's growth. What do you mean, you ask me, can a bad person, with a bad nature, be considered as if he were evolving spiritually? As strange as it sounds, yes. In my opinion, of course. It's just that we live in a world where duality reigns. Otherwise, let's see... male = female; light = dark; pretty = ugly; big = small; good = bad; good = bad... did you realize that, like a coin, everything in life has two sides? And, as much as it pains us to admit, a being that for most people is ignoble, to be kind, is evolving spiritually, as he lives new experiences, learns new forms of evil... he is evolving, even if in a negative way . After all, in the duality mentioned above, the other side of the positive is the negative, isn't it?
But let's put that aside and admire the flowers that adorn our world, okay? This morning, when I went to feed my cats, I noticed that the rose bush has a new bud coming out. It's the most beautiful thing. A very red rose... too beautiful, isn't it? And, with the rains of the last few days, the plants are cheerful and happy, you can feel their captivating smile... and so life goes on its course...
May this Friday be the most beautiful and wonderful we've ever experienced in our lives. May God pour his blessing on our heads, and help us to always walk the path of \ light, so that we may be the safe harbor of the people we love...
Kisses and see you tomorrow....
A TAÇA DE CRISTAL
4º Capítulo
O dia estava simplesmente lindo e maravilhoso. O sol radiante, caminhava pelo firmamento, trazendo a todos luz e calor. Não aquele calor abafado, sufocante. Não. Fazia um calorzinho meigo, daqueles que você pode deixar a blusa de frio guardada em seu armário, e usar uma blusinha leve, onde a brisa que sopra te deixa confortável, assim como quando a mamãe te faz um carinho...
As crianças corriam pelo parque, na maior alegria, daquela que só encontramos em nossa vida quando ainda somos pequenos e inocentes, quando a vida ainda não nos domesticou para sermos mais uma peça que move a engrenagem do mundo. O brinquedo mais disputado era o escorrega (quando eu era criança, a gente chamava de escorregador, mas as coisas evoluem...) embora o balanço também tivesse a preferência dos pequenos. Alguns preferiam brincar de pega pega, esconde esconde, deixando as mães de cabelo em pé, tentado ver para onde seus pequenos iam, pois embora o parque fosse cercado, ficava a beira de uma avenida movimentada e, se as crianças saíssem daquele espaço, poderiam correr perigo.
Alice não desgrudava os olhos de sua pequena Rosana, de apenas cinco anos. A menina corria para todos os lados, feliz por estar com a mãe. Afinal, não era todo dia que Alice podia dedicar seu tempo para a menina. Quando a situação permitia, ela não levava a garota para a creche, ficava com ela o dia todo e iam passear... normalmente nesse parque, que não era longe de sua casa e tinha um vista linda, já que ficava próximo a represa. Contrastando com o resto da região, a paisagem era toda arborizada, tendo uma visão de cartão postal. árvores frondosas adornavam as margens da represa e a grama era alta, quase um metro. A vegetação nativa, de arvores de pequeno porte, também se espalhava por toda a orla. De vez em quando dava para ver algum barco, com algum pescador se aventurando pelas água, tentando levar para casa algum pescado. As garças esvoaçavam por sobre a aguapé, disputando com os paturis e as galinhas d'água os peixes que se arriscavam a nadar perto da margem.
Sim, o dia estava bonito e nada poderia desfazer essa sensação de paz que ele trazia para sua alma. Afinal, há dias ela não se sentia tão bem assim. Já fazia um bom tempo que ela não via Ricardo. A pensão da menina estava atrasada. Ela não se preocupava muito com isso, pois embora algumas vezes Ricardo atrasasse alguns dias, nunca deixou de ajudá-la financeiramente. Embora ela preferisse que eles morassem junto. Afinal Rosana precisava da presença de seu pai. Quando ele ia visitar a menina, era só alegria para a pequena. E Ricardo parecia feliz com ela, também. Então, porque ele se recusava a formar sua família com ela e a pequena, já que todos se gostavam? Ela não conseguia entender...
THE CRYSTAL CUP
4th Chapter
The day was just beautiful and wonderful. The radiant sun walked across the sky, bringing light and warmth to everyone. Not that sultry, suffocating heat. Not. It was a little warm, the kind you can leave your cold sweater in your closet, and wear a light blouse, where the breeze that blows makes you comfortable, just like when mommy caresses you...
The children were running around the park, in the greatest joy, the kind we only find in our lives when we are still small and innocent, when life has not yet tamed us to be one more cog that moves the gears of the world. The most disputed toy was the slide (when I was a child, we called it a slide, but things evolve...) although the swing was also preferred by the little ones. Some preferred to play tag, hide and seek, leaving the mothers with their hair on end, trying to see where their little ones were going, because although the park was fenced, it was on the edge of a busy avenue and, if the children left that space, they could be in danger.
Alice couldn't take her eyes off her little Rosana, just five years old. The little girl ran everywhere, happy to be with her mother. After all, it wasn't every day that Alice could dedicate her time to the little girl. When the situation allowed it, she didn't take the girl to daycare, she stayed with her all day and they went for a walk... usually in this park, which wasn't far from her house and had a beautiful view, as it was close to the dam. Contrasting with the rest of the region, the landscape was all wooded, having a postcard view. leafy trees adorned the banks of the dam and the grass was tall, almost three feet. The native vegetation, with small trees, was also spread along the entire shore. From time to time you could see a boat, with some fisherman venturing into the water, trying to take home some fish. The egrets flitted over the water hyacinth, competing with the paturis and the moorhens for the fish that dared swim close to the shore.
Yes, the day was beautiful and nothing could undo that feeling of peace it brought to his soul. After all, she hadn't felt this good in days. It had been a long time since she had seen Ricardo. The girl's pension was overdue. She didn't worry too much about it, because although sometimes Ricardo was a few days late, she never stopped helping her financially. Though she would rather they lived together. After all, Rosana needed her father's presence. When he went to visit the girl, it was just joy for the little one. And Ricardo looked happy with her, too. So why did he refuse to form his family with her and the little one, since they all liked each other? She couldn't understand...
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