SÓ DAMOS VALOR ÀS COISAS QUANDO AS PERDEMOS...

 




SÓ DAMOS VALOR ÀS COISAS QUANDO AS PERDEMOS...

Tudo na vida é passageiro, exceto o motorista e o cobrador, já diz o ditado popular... sei que é uma piada sem graça... mas a verdade é que a vida é efêmera... tudo passa muito depressa. Nascemos, aprendemos a viver e, quando menos esperamos, estamos com o bilhete de partida em mãos... triste pensar assim, não é mesmo? Mas essa é a nossa vida...

Bem, se formos pensar na fragilidade da vida, simplesmente deixamos de curtir as coisas boas que ela nos oferece durante nossa estadia nesse plano. E são muitas, na verdade. Estamos cercados de maravilhas às quais não damos o menor valor, até o momento que as perdemos. Sim, pois quando temos um tesouro a nossa disposição nos parece tão natural usufruir do mesmo sem tomar o menor cuidado quanto a sua preservação, que só nos damos conta de seu valor quando o perdemos...

A região onde passei minha infância, que me viu desabrochar para a adolescência e que acompanhou o crescimento de meus filhos sofreu muitas alterações no correr dos anos. E não foi para melhor, infelizmente. Quando eu tinha meus seis, sete anos, era comum ouvir o canto dos pássaros lá pelas cinco horas da manhã (as vezes, até mais cedo) anunciando o alvorecer de mais um dia. Toda a região era coberta por um manto verde, onde a vida simplesmente palpitava...

Sim, havia várias espécies de animais... alguns a gente gostava, outros não. E por motivos óbvios... não dá para ter simpatia por uma serpente venenosa, não é mesmo? E por aqui a oferta de ofídios era mais generosa do que gostaríamos... coral verdadeira, cascavel, jararaca... só para citar algumas das espécies que habitavam a região. Graças a Deus nunca houve nenhum acidente com esses animais, até onde eu sei... mas eles andavam livremente por aqui... de vez em quando um exemplar ou outro invadia as moradias e, ato contínuo, era exterminado pelos moradores...

Como eu disse, a região era toda arborizada. As pessoas cozinhavam com lenha nessa época. Todas as casa tinham seu fogãozinho... rudimentar, mas funcional. Era aquela vidinha simples de interior. No lugar de grandes avenidas, arruados onde as propriedades mais extensas eram cercadas com arame farpado. Os vaqueiros, volta e meia, tocavam o gado pelas cercanias... sim, aqui era uma região abençoada... não que não o seja nos dias de hoje... mas era algo diferente...

Tem uma canção que eu ouvia muito quando era criança, chamada "Mágoas de Boiadeiro", onde a personagem da canção fala de sua saudade dos tempos passados... bem, de vez em quando essa sensação de nostalgia toma conta de mim... é quando relembro das festas de reizado,  festa junina comemorada à moda sudestina e quando ainda tínhamos nossas tradições vivas, nossas manifestações culturais... o tempo passou, tudo foi se modificando... o verde foi pouco a pouco desaparecendo, a fauna e a flora, tão ricas na época, simplesmente se evaporaram... e tudo que nos restou foi a saudade de um tempo que se foi e não mais voltará...

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WE ONLY APPRECIATE THINGS WHEN WE LOSE THEM...


Everything in life is temporary, except the driver and the conductor, as the popular saying goes... I know it's a dull joke... but the truth is that life is ephemeral... everything goes by very quickly. We are born, we learn to live and, when we least expect it, we have the departure ticket in hand... sad to think like that, isn't it? But this is our life...


Well, if we think about the fragility of life, we simply stop enjoying the good things it offers us during our stay on this plane. And there are many, actually. We are surrounded by wonders that we take for granted until the moment we lose them. Yes, because when we have a treasure at our disposal it seems so natural to enjoy it without taking the slightest care regarding its preservation, that we only realize its value when we lose it...


The region where I spent my childhood, which saw me blossom into adolescence and which accompanied my children's growth has undergone many changes over the years. And it wasn't for the better, unfortunately. When I was six or seven years old, it was common to hear birdsong around five in the morning (sometimes even earlier) announcing the dawn of another day. The entire region was covered by a green blanket, where life simply throbbed...


Yes, there were several species of animals... some we liked, others we didn't. And for obvious reasons... you can't have sympathy for a poisonous snake, right? And here the supply of snakes was more generous than we would like... true coral, rattlesnake, pit viper... just to name a few of the species that inhabited the region. Thank God there have never been any accidents with these animals, as far as I know... but they roamed freely around here... every now and then one specimen or another would invade homes and, continually, would be exterminated by the residents...


As I said, the region was entirely wooded. People cooked with firewood at that time. Every house had its own little stove... rudimentary, but functional. It was that simple country life. In place of large avenues, streets where the largest properties were fenced with barbed wire. The cowboys, from time to time, drove the cattle around... yes, this was a blessed region... not that it isn't today... but it was something different...


There's a song that I listened to a lot when I was a child, called "Mágoas de Boiadeiro", where the character of the song talks about her longing for times gone by... well, every now and then that feeling of nostalgia comes over me... That's when I remember the reizado festivities, the June festival celebrated in the southeastern style and when we still had our traditions alive, our cultural manifestations... time passed, everything was changing... the green gradually disappeared, the fauna and the flora, so rich at the time, simply evaporated... and all we were left with was the longing for a time that was gone and will never return...

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APPREZZIAMO LE COSE SOLO QUANDO LE PERDIAMO...


Tutto nella vita è temporaneo, tranne l'autista e il conducente, come dice un proverbio popolare... lo so, è uno scherzo stupido... ma la verità è che la vita è effimera... tutto passa molto velocemente. Nasciamo, impariamo a vivere e, quando meno ce lo aspettiamo, abbiamo il biglietto di partenza in mano... triste pensare così, non è vero? Ma questa è la nostra vita...


Ebbene, se pensiamo alla fragilità della vita, smettiamo semplicemente di godere delle cose belle che ci offre durante la nostra permanenza su questo aereo. E ce ne sono molti, in realtà. Siamo circondati da meraviglie che diamo per scontate fino al momento in cui le perdiamo. Sì, perché quando abbiamo un tesoro a nostra disposizione ci sembra così naturale goderne senza porre la minima cura alla sua conservazione, che ci accorgiamo del suo valore solo quando lo perdiamo...


La regione dove ho trascorso la mia infanzia, che mi ha visto sbocciare fino all'adolescenza e che ha accompagnato la crescita dei miei figli, ha subito negli anni molti cambiamenti. E non è stato per il meglio, purtroppo. Quando avevo sei o sette anni, era normale sentire il canto degli uccelli intorno alle cinque del mattino (a volte anche prima) che annunciava l'alba di un altro giorno. L'intera regione era ricoperta da un manto verde, dove la vita semplicemente pulsava...


Sì, c'erano diverse specie di animali... alcuni ci piacevano, altri no. E per ovvi motivi... non si può provare simpatia per un serpente velenoso, giusto? E qui l'offerta di serpenti è stata più generosa di quanto vorremmo... corallo vero, serpente a sonagli, vipera... solo per citare alcune delle specie che abitavano la regione. Grazie a Dio non si sono mai verificati incidenti con questi animali, che io sappia... ma giravano liberamente da queste parti... ogni tanto qualche esemplare invadeva le case e, continuamente, veniva sterminato dai residenti ...


Come ho detto, la regione era interamente boscosa. A quel tempo la gente cucinava con la legna da ardere. Ogni casa aveva il suo fornello... rudimentale, ma funzionale. Era quella semplice vita di campagna. Al posto dei grandi viali, le strade dove le proprietà più grandi furono recintate con filo spinato. I cowboy, di tanto in tanto, portavano in giro il bestiame... sì, questa era una regione benedetta... non che non lo sia oggi... ma era qualcosa di diverso...


C'è una canzone che ascoltavo spesso da bambino, si chiama "Mágoas de Boiadeiro", dove il personaggio della canzone parla della sua nostalgia per i tempi passati... beh, ogni tanto arriva quel sentimento di nostalgia su di me... È allora che ricordo le feste del reizado, la festa di giugno celebrata nello stile del sud-est e quando ancora avevamo vive le nostre tradizioni, le nostre manifestazioni culturali... il tempo passava, tutto cambiava... il verde gradualmente scompariva, la fauna e la flora, allora così ricche, semplicemente evaporarono... e ci rimase solo la nostalgia di un tempo che era andato e che non tornerà mai più...

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ÓLO APRECIAMOS LAS COSAS CUANDO LAS PERDEMOS...


Todo en la vida es temporal, menos el conductor y el revisor, como dice el dicho popular... ya sé que es un chiste aburrido... pero la verdad es que la vida es efímera... todo pasa muy rápido. Nacemos, aprendemos a vivir y, cuando menos lo esperamos, tenemos el billete de salida en la mano… triste pensar así, ¿no? Pero esta es nuestra vida...


Pues bien, si pensamos en la fragilidad de la vida, simplemente dejamos de disfrutar de las cosas buenas que nos ofrece durante nuestra estancia en este plano. Y son muchos, en realidad. Estamos rodeados de maravillas que damos por sentado hasta el momento en que las perdemos. Sí, porque cuando tenemos un tesoro a nuestra disposición nos parece tan natural disfrutarlo sin poner el más mínimo cuidado en su conservación, que sólo nos damos cuenta de su valor cuando lo perdemos…


La región donde pasé mi infancia, que me vio florecer hasta la adolescencia y que acompañó el crecimiento de mis hijos, ha sufrido muchos cambios a lo largo de los años. Y lamentablemente no fue para mejor. Cuando tenía seis o siete años, era común escuchar el canto de los pájaros alrededor de las cinco de la mañana (a veces incluso antes) anunciando el amanecer de otro día. Toda la región estaba cubierta por un manto verde, donde la vida simplemente palpitaba...


Sí, había varias especies de animales... algunos nos gustaban, otros no. Y por razones obvias... no se puede tener simpatía por una serpiente venenosa, ¿verdad? Y aquí la oferta de serpientes fue más generosa de lo que nos gustaría... coral verdadero, cascabel, víbora... sólo por nombrar algunas de las especies que habitaban la región. Gracias a Dios nunca ha habido accidentes con estos animales, que yo sepa... pero vagaban libremente por aquí... de vez en cuando algún ejemplar invadía las casas y, continuamente, era exterminado por los vecinos. ...


Como dije, la región era enteramente boscosa. En aquella época se cocinaba con leña. Cada casa tenía su propia pequeña estufa... rudimentaria, pero funcional. Era esa sencilla vida en el campo. En lugar de grandes avenidas, las calles donde se encontraban las propiedades más grandes estaban cercadas con alambre de púas. Los vaqueros, de vez en cuando, arreaban el ganado... sí, esta era una región bendita... no es que no lo sea hoy... pero era algo diferente...


Hay una canción que escuchaba mucho cuando era niña, se llama "Mágoas de Boiadeiro", donde el personaje de la canción habla de su añoranza por tiempos pasados... bueno, de vez en cuando viene ese sentimiento de nostalgia. sobre mí... Fue entonces cuando recuerdo las fiestas del reizado, la fiesta de junio celebrada al estilo sureste y cuando aún teníamos vivas nuestras tradiciones, nuestras manifestaciones culturales... el tiempo pasaba, todo iba cambiando... el verde poco a poco iba desapareciendo, la fauna y la flora, tan ricas en ese momento, simplemente se evaporaron... y lo único que nos quedó fue la añoranza de un tiempo que se fue y nunca volverá...

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NOUS N'APPRÉCIONS LES CHOSES QUE LORSQUE NOUS LES PERDONS...


Tout dans la vie est temporaire, sauf le chauffeur et le conducteur, comme le dit le dicton populaire... Je sais que c'est une plaisanterie ennuyeuse... mais la vérité est que la vie est éphémère... tout passe très vite. On naît, on apprend à vivre et, au moment où on s'y attend le moins, on a le billet de départ en main... triste de penser ainsi, n'est-ce pas ? Mais c'est notre vie...


Eh bien, si nous pensons à la fragilité de la vie, nous cessons tout simplement de profiter des bonnes choses qu'elle nous offre pendant notre séjour dans cet avion. Et il y en a beaucoup, en fait. Nous sommes entourés de merveilles que nous tenons pour acquises jusqu'au moment où nous les perdons. Oui, car lorsque l'on dispose d'un trésor, il semble si naturel d'en profiter sans le moindre souci de sa conservation, qu'on ne se rend compte de sa valeur que lorsqu'on le perd...


La région où j'ai passé mon enfance, qui m'a vu m'épanouir jusqu'à l'adolescence et qui a accompagné la croissance de mes enfants, a connu de nombreux changements au fil des années. Et ce n’était malheureusement pas pour le mieux. Quand j’avais six ou sept ans, il était courant d’entendre le chant des oiseaux vers cinq heures du matin (parfois même plus tôt) annonçant l’aube d’un autre jour. La région entière était recouverte d'un manteau vert, où la vie battait tout simplement...


Oui, il y avait plusieurs espèces d'animaux... certaines nous plaisaient, d'autres non. Et pour des raisons évidentes... vous ne pouvez pas avoir de sympathie pour un serpent venimeux, n'est-ce pas ? Et ici, l'offre de serpents était plus généreuse que nous le souhaiterions... vrai corail, serpent à sonnette, vipère... pour ne citer que quelques-unes des espèces qui peuplaient la région. Dieu merci, il n'y a jamais eu d'accidents avec ces animaux, à ma connaissance... mais ils erraient librement ici... de temps en temps, un spécimen ou un autre envahissait les maisons et, continuellement, était exterminé par les habitants. ...


Comme je l'ai dit, la région était entièrement boisée. À cette époque, les gens cuisinaient avec du bois de chauffage. Chaque maison avait son petit poêle... rudimentaire, mais fonctionnel. C'était cette simple vie de campagne. A la place des grandes avenues, les rues où se trouvaient les plus grandes propriétés étaient clôturées avec des barbelés. Les cowboys, de temps en temps, conduisaient le bétail... oui, c'était une région bénie... non pas que ce ne soit pas le cas aujourd'hui... mais c'était quelque chose de différent...


Il y a une chanson que j'écoutais beaucoup quand j'étais enfant, appelée "Mágoas de Boiadeiro", où le personnage de la chanson parle de son désir des temps passés... eh bien, de temps en temps, ce sentiment de nostalgie survient sur moi... C'est alors que je me souviens des festivités du reizado, de la fête de juin célébrée à la manière du sud-est et de l'époque où nous avions encore vivantes nos traditions, nos manifestations culturelles... le temps passait, tout changeait... le vert disparaissait peu à peu, la faune et la flore, si riches à l'époque, se sont tout simplement évaporées... et il ne nous reste plus que l'envie d'un temps révolu et qui ne reviendra jamais...


 

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