VIVEMOS EM UM SISTEMA CRUEL


VIVEMOS EM UM SISTEMA CRUEL

Eu havia escrito um texto e, na hora de salvá-lo, simplesmente o apaguei. De vez em quando isso acontece. Foi a dois dias atrás. Gastei duas horas de minha vida para escrever, e apenas um segundo para perder todo meu trabalho. Fiquei chateada, é claro... mas faz parte do jogo...
Como não consegui salvar o texto, acabei por nada publicar. E no dia seguinte, devido a uma série de atividades, continuei sem escrever. Nos poucos momentos de ócio me dediquei à leitura, algo que tem um bom tempo que não faço. Bem, levei aproximadamente cinco horas para devorar o livro em questão. Um livro descrito como distópico.  E, bem, realmente a obra retrata uma sociedade na qual, embora nenhum de nós gostaria de viver, não é assim tão absurdo de acontecer. Porque somos uma sociedade manipulável, aceitamos tudo aquilo que nossos "líderes de pés de barro" dizem ser correto...
O título do livro é "Velhos demais para morrer", de Vinícius Neves Mariano, publicado em 2020. Texto fluido, redação impecável, uma história que nos prende da primeira à última página. Ela trata de um assunto que está bem em voga nos dias de hoje, embora em um tom bem mais pesado...
Em um tempo em que a economia entra em colapso o preconceito contra os idosos atinge um patamar que, em são consciência, jamais poderíamos imaginar. O Etarismo é o sistema em voga, e eliminar os idosos é recompensado com um bônus pecuniário...
Então, após a leitura, fiquei a pensar... de certa forma, vivemos em um mundo assim. Claro, não estamos na temporada de "caça aos idosos", na verdade estamos na estação de "exploração de mão de obra até o máximo possível", sempre em benefício daqueles que estão no topo da cadeia alimentar. Ou seja, embora não usemos essa palavra nos dias de hoje, continuamos escravos dos líderes dos vários grupos espalhados por esse mundo...
Embora nos vejamos como indivíduos pensantes, no final das contas não é assim que reagimos em nosso dia a dia. Estamos presos em um sistema que drena nossa energia e não há como escapar deste. É como a Matrix imaginada pelas irmãs Wachowski... estamos dormentes e aquilo que nossos líderes nos apresentam como verdade aceitamos sem questionar...
Somos seres pensantes, cada um envolvido em seu Universo Particular. Porém, como diz o ditado, uma andorinha só não faz verão. E acabamos por nos ligar a outras pessoas, até mesmo porque, sozinhas, não teríamos condições de sobreviver. E nessa luta pela sobrevivência vamos formando vários novos indivíduos, dos quais somos apenas células a compô-las. Não passamos de uma peça que deverá movimentar um ser maior que nós e cujos objetivos nem sempre estão alinhados com nosso pensamento, por mais que, ao nos ligarmos a este fosse essa nossa primeira impressão...
Sim, nossos líderes tem o dom do convencimento. Seu carisma é tal que conseguem convencer-nos a nos doar de corpo e alma aos seus projetos que, segundo eles, será benéfico para todos. Mas que, no final das contas, os únicos beneficiados serão eles mesmos...
Temos sempre a ilusão de sermos importantes. Talvez até o sejamos em nosso espaço familiar.  Talvez. Afinal, em algumas situações somos apenas responsáveis por prover aquilo que o grupo precisa. E, por considerarem essa a nossa obrigação, nenhum tipo de reconhecimento nos é dedicado... 
Mas assim é a vida, não é mesmo? Vivemos cercadas de regras, normas, obrigações... e a cada dia surge um novo conceito que deverá ser agregado ao nosso dia a dia. Espero que a visão do Vinícius jamais se realize... mas para isso necessitamos de uma sociedade cada vez mais acolhedora, onde todos tenham a mesma importância, independente de raça, sexo ou qualquer outro tipo de divisor. E só assim, quando conseguirmos sair da armadilha que são os preconceitos espalhados por esse mundo, quando realmente o sentido de Amor e não de Ódio dominar os corações das pessoas, poderemos desfrutar de uma Paz que até hoje parece simplesmente impossível...

Tania Miranda    --       Brasil     -    17/11/2025
=========================================================================

WE LIVE IN A CRUEL SYSTEM…

I had written a text and, when I went to save it, I simply deleted it. This happens from time to time. It was two days ago. I spent two hours of my life writing, and only one second to lose all my work. I was upset, of course… but it’s part of the game…
Since I couldn’t save the text, I ended up not publishing anything. And the next day, due to a series of activities, I continued without writing. In the few moments of leisure I dedicated myself to reading, something I haven’t done in a long time. Well, it took me approximately five hours to devour the book in question. A book described as dystopian. And, well, the work really portrays a society in which, although none of us would like to live, it is not so absurd to happen. Because we are a manipulable society, we accept everything that our "leaders with feet of clay" say is right...
The title of the book is "Too Old to Die," by Vinícius Neves Mariano, published in 2020. Fluid text, impeccable writing, a story that grips us from the first to the last page. It deals with a subject that is very much in vogue these days, although in a much heavier tone...
At a time when the economy is collapsing, prejudice against the elderly reaches a level that, in our right minds, we could never imagine. Ageism is the system in vogue, and eliminating the elderly is rewarded with a pecuniary bonus...
So, after reading, I started thinking... in a way, we live in such a world. Of course, we are not in the "hunting season for the elderly," in fact we are in the season of "exploiting labor to the maximum possible," always for the benefit of those at the top of the food chain. In other words, although we don't use that word nowadays, we remain slaves to the leaders of the various groups scattered around this world...
Although we see ourselves as thinking individuals, in the end that's not how we react in our daily lives. We are trapped in a system that drains our energy and there is no way to escape it. It's like the Matrix imagined by the Wachowski sisters... we are dormant and what our leaders present to us as truth we accept without questioning...
We are thinking beings, each one involved in their own Particular Universe. However, as the saying goes, one swallow does not make a summer. And we end up connecting with other people, even because, alone, we would not be able to survive. And in this struggle for survival we form several new individuals, of which we are only cells composing them. We are nothing more than a piece that must move a being greater than us and whose objectives are not always aligned with our thinking, even though, when we connect with it, that was our first impression...
Yes, our leaders have the gift of persuasion. Their charisma is such that they manage to convince us to dedicate ourselves body and soul to their projects, which, according to them, will be beneficial to everyone. But in the end, the only ones who will benefit are themselves...
We always have the illusion of being important. Perhaps we even are in our family space. Perhaps. After all, in some situations we are only responsible for providing what the group needs. And, because they consider this our obligation, no kind of recognition is given to us...
But that's life, isn't it? We live surrounded by rules, norms, obligations... and every day a new concept emerges that must be added to our daily lives. I hope that Vinícius's vision never comes true... but for that we need an increasingly welcoming society, where everyone has the same importance, regardless of race, sex or any other type of divider. And only then, when we manage to escape the trap of prejudice spread throughout this world, when the sense of Love and not Hate truly dominates people's hearts, will we be able to enjoy a Peace that until now seems simply impossible...

Tania Miranda -- Brazil - 11/17/2025
=======================================================================
VIVIMOS EN UN SISTEMA CRUEL…

Había escrito un texto y, al intentar guardarlo, simplemente lo borré. Esto sucede de vez en cuando. Fue hace dos días. Dediqué dos horas de mi vida a escribir, y en un segundo perdí todo mi trabajo. Estaba molesto, claro… pero así es la vida… 
Como no pude guardar el texto, terminé sin publicar nada. Y al día siguiente, debido a una serie de actividades, seguí sin escribir. En los pocos momentos de ocio me dediqué a leer, algo que no hacía desde hacía mucho tiempo. Bueno, tardé aproximadamente cinco horas en devorar el libro en cuestión. Un libro descrito como distópico. Y, bueno, la obra realmente retrata una sociedad en la que, aunque a ninguno de nosotros nos gustaría vivir, no es tan descabellado que suceda. Como vivimos en una sociedad manipulable, aceptamos todo lo que nuestros líderes, con sus defectos, dicen que es correcto… El libro se titula «Demasiado viejo para morir», de Vinícius Neves Mariano, publicado en 2020. Un texto fluido, una escritura impecable, una historia que te atrapa de principio a fin. Aborda un tema muy actual, aunque con un tono mucho más sombrío… 
En tiempos de crisis económica, los prejuicios contra las personas mayores alcanzan niveles inimaginables. El edadismo es el sistema imperante, y eliminar a los ancianos se recompensa con beneficios económicos… Tras leerlo, me puse a pensar… que, en cierto modo, vivimos en un mundo así. Claro que no estamos en la época de la «caza de ancianos», sino en la de la «explotación laboral al máximo», siempre en beneficio de quienes están en la cima de la pirámide social. En otras palabras, aunque ya no usemos esa palabra, seguimos siendo esclavos de los líderes de los diversos grupos dispersos por el mundo. Si bien nos consideramos individuos pensantes, en realidad no actuamos así en nuestro día a día. Estamos atrapados en un sistema que nos agota y del que no hay escapatoria. Es como la Matrix imaginada por las hermanas Wachowski: estamos adormecidos y aceptamos sin cuestionar lo que nuestros líderes nos presentan como verdad. 
Somos seres pensantes, cada uno inmerso en su propio universo particular. Sin embargo, como dice el refrán, una golondrina no hace verano. Y terminamos conectándonos con otras personas, incluso porque, solos, no podríamos sobrevivir. Y en esta lucha por la supervivencia, formamos varios individuos nuevos, de los cuales solo somos células que los componen. No somos más que una pieza que debe mover a un ser superior a nosotros, cuyos objetivos no siempre coinciden con nuestro pensamiento, aunque, al conectar con él, esa fuera nuestra primera impresión. 
Sí, nuestros líderes tienen el don de la persuasión. Su carisma es tal que logran convencernos de dedicarnos en cuerpo y alma a sus proyectos, que, según ellos, beneficiarán a todos. Pero al final, los únicos beneficiados son ellos mismos… Siempre tenemos la ilusión de ser importantes. Quizás incluso lo seamos en el ámbito familiar. Quizás. Al fin y al cabo, en algunas situaciones solo somos responsables de proveer lo que el grupo necesita. Y, como consideran que esto es nuestra obligación, no recibimos ningún tipo de reconocimiento… 
Pero así es la vida, ¿no? Vivimos rodeados de reglas, normas, obligaciones… y cada día surge un nuevo concepto que debemos incorporar a nuestra vida cotidiana. Espero que la visión de Vinícius nunca se haga realidad… pero para ello necesitamos una sociedad cada vez más inclusiva, donde todos tengan la misma importancia, independientemente de la raza, el sexo o cualquier otro tipo de barrera. Y solo entonces, cuando logremos escapar de la trampa del prejuicio que se extiende por todo el mundo, cuando el amor, y no el odio, domine verdaderamente los corazones, podremos disfrutar de una paz que hasta ahora parece simplemente imposible…

Tania Miranda -- Brasil - 17/11/2025
========================================================================

VIVIAMO IN UN SISTEMA CRUDELE…

Avevo scritto un testo e, quando sono andato a salvarlo, l'ho semplicemente cancellato. Capita di tanto in tanto. È successo due giorni fa. Ho passato due ore della mia vita a scrivere e solo un secondo per perdere tutto il mio lavoro. Ero arrabbiato, ovviamente… ma fa parte del gioco…
Non potendo salvare il testo, ho finito per non pubblicare nulla. E il giorno dopo, a causa di una serie di impegni, ho continuato senza scrivere. Nei pochi momenti di svago mi sono dedicato alla lettura, cosa che non facevo da molto tempo. Beh, ci ho messo circa cinque ore per divorare il libro in questione. Un libro descritto come distopico. E, beh, l'opera ritrae davvero una società in cui, sebbene nessuno di noi vorrebbe vivere, non è poi così assurdo che accada. Poiché siamo una società manipolabile, accettiamo tutto ciò che i nostri "leader dai piedi d'argilla" dicono sia giusto...
Il titolo del libro è "Troppo vecchi per morire", di Vinícius Neves Mariano, pubblicato nel 2020. Testo fluido, scrittura impeccabile, una storia che ci cattura dalla prima all'ultima pagina. Affronta un argomento molto in voga oggigiorno, sebbene con toni molto più pesanti...
In un momento in cui l'economia è al collasso, il pregiudizio contro gli anziani raggiunge un livello che, con la nostra mente sana, non potremmo mai immaginare. L'età è il sistema in voga, e l'eliminazione degli anziani viene ricompensata con un bonus pecuniario...
Così, dopo aver letto, ho iniziato a pensare... in un certo senso, viviamo in un mondo del genere. Certo, non siamo nella "stagione della caccia agli anziani", anzi, siamo nella stagione dello "sfruttamento del lavoro al massimo possibile", sempre a beneficio di chi si trova in cima alla catena alimentare. In altre parole, sebbene oggigiorno non usiamo più questa parola, restiamo schiavi dei leader dei vari gruppi sparsi per il mondo...
Sebbene ci consideriamo individui pensanti, in fondo non è così che reagiamo nella nostra vita quotidiana. Siamo intrappolati in un sistema che prosciuga la nostra energia e non c'è modo di uscirne. È come la Matrix immaginata dalle sorelle Wachowski... siamo dormienti e ciò che i nostri leader ci presentano come verità lo accettiamo senza metterlo in discussione...
Siamo esseri pensanti, ognuno coinvolto nel proprio Universo Particolare. Tuttavia, come dice il proverbio, una rondine non fa primavera. E finiamo per entrare in contatto con altre persone, anche perché, da soli, non saremmo in grado di sopravvivere. E in questa lotta per la sopravvivenza formiamo diversi nuovi individui, di cui siamo solo le cellule che li compongono. Non siamo altro che un tassello che deve muovere un essere più grande di noi e i cui obiettivi non sono sempre allineati con il nostro pensiero, anche se, quando ci colleghiamo con esso, quella è stata la nostra prima impressione...
Sì, i nostri leader hanno il dono della persuasione. Il loro carisma è tale che riescono a convincerci a dedicarci anima e corpo ai loro progetti, che, secondo loro, saranno vantaggiosi per tutti. Ma alla fine, gli unici a trarne beneficio sono loro stessi...
Abbiamo sempre l'illusione di essere importanti. Forse lo siamo anche nel nostro spazio familiare. Forse. Dopotutto, in alcune situazioni siamo responsabili solo di fornire ciò di cui il gruppo ha bisogno. E, poiché lo considerano un nostro obbligo, non ci viene riconosciuto alcun tipo di riconoscimento...
Ma questa è la vita, no? Viviamo circondati da regole, norme, obblighi... e ogni giorno emerge un nuovo concetto che deve essere aggiunto alla nostra vita quotidiana. Spero che la visione di Vinícius non si avveri mai... ma per questo abbiamo bisogno di una società sempre più accogliente, dove tutti abbiano la stessa importanza, indipendentemente da razza, sesso o qualsiasi altro tipo di distinzione. E solo allora, quando riusciremo a sfuggire alla trappola del pregiudizio diffuso in questo mondo, quando il senso dell'Amore e non dell'Odio dominerà veramente i cuori delle persone, potremo godere di una Pace che finora sembrava semplicemente impossibile...

Tania Miranda -- Brasile - 17/11/2025
=======================================================================
ELÄMME JULMASSA JÄRJESTELMÄSSÄ…

Olin kirjoittanut tekstin ja kun yritin tallentaa sitä, yksinkertaisesti poistin sen. Näin käy silloin tällöin. Siitä on kaksi päivää. Käytin kaksi tuntia elämästäni kirjoittamiseen, ja vain yhden sekunnin ajan menetin kaiken työni. Olin tietysti järkyttynyt… mutta se on osa peliä…
Koska en pystynyt tallentamaan tekstiä, en lopulta julkaissut mitään. Ja seuraavana päivänä, useiden toimien vuoksi, jatkoin kirjoittamatta. Muutaman vapaa-ajan hetken aikana omistauduin lukemiselle, mitä en ole tehnyt pitkään aikaan. No, minulla kesti noin viisi tuntia ahmia kyseinen kirja. Kirja, jota kuvailtiin dystopiseksi. Ja, no, teos todella kuvaa yhteiskuntaa, jossa, vaikka kukaan meistä ei haluaisi elää, se ei ole niin absurdia. Koska olemme manipuloitava yhteiskunta, hyväksymme kaiken, mitä "savijalkaiset johtajamme" sanovat oikeaksi...
Kirjan nimi on "Liian vanha kuollakseen", kirjoittanut Vinícius Neves Mariano, julkaistu vuonna 2020. Sujuvaa tekstiä, moitteetonta kirjoitustyyliä, tarina, joka vangitsee meidät ensimmäiseltä sivulta viimeiseen. Se käsittelee aihetta, joka on nykyään erittäin muodissa, vaikkakin paljon raskaammalla sävyllä...
Aikana, jolloin talous romahtaa, ennakkoluulot vanhuksia kohtaan saavuttavat tason, jota emme järjissään voisi koskaan kuvitella. Ikäsyrjintä on muodissa oleva järjestelmä, ja vanhusten eliminoinnista palkitaan rahallisella bonuksella...
Niinpä luettuani aloin miettiä... tavallaan elämme tällaisessa maailmassa. Emme tietenkään ole "vanhusten metsästysajassa", vaan itse asiassa elämme "työvoiman maksimaalisen hyväksikäytön" aikaa, aina ravintoketjun huipulla olevien hyödyksi. Toisin sanoen, vaikka emme nykyään käytä tuota sanaa, me pysymme orjina eri ryhmien johtajille, jotka ovat hajallaan ympäri maailmaa...
Vaikka näemme itsemme ajattelevina yksilöinä, emme lopulta reagoi niin jokapäiväisessä elämässämme. Olemme loukussa järjestelmässä, joka kuluttaa energiaamme, eikä siitä ole mitään keinoa paeta. Se on kuin Wachowskin sisarten kuvittelema Matrix... olemme uinuvia ja hyväksymme kyseenalaistamatta sen, mitä johtajamme meille totuutena esittävät...
Olemme ajattelevia olentoja, jokainen osa omaa erityistä universumiaan. Kuten sanonta kuuluu, yksi pääsky ei kuitenkaan tee kesää. Ja päädymme yhdistymään muihin ihmisiin, vaikka yksin emme pystyisi selviytymään. Ja tässä selviytymistaistelussa muodostamme useita uusia yksilöitä, joista olemme vain soluja, jotka muodostavat heidät. Emme ole muuta kuin palanen, jonka on liikutettava meitä suurempaa olentoa, ja jonka tavoitteet eivät aina ole linjassa ajattelumme kanssa, vaikka se oli ensimmäinen vaikutelmamme, kun yhdistymme siihen...
Kyllä, johtajillamme on suostuttelun lahja. Heidän karismansa on niin voimakas, että he onnistuvat vakuuttamaan meidät omistautumaan ruumiillisesti ja sielullisesti heidän projekteilleen, jotka heidän mukaansa hyödyttävät kaikkia. Mutta lopulta ainoat, jotka hyötyvät, ovat he itse...
Meillä on aina illuusio siitä, että olemme tärkeitä. Ehkä olemme jopa perhetilassamme. Ehkä. Loppujen lopuksi joissakin tilanteissa olemme vastuussa vain siitä, että tarjoamme ryhmän tarpeita. Ja koska he pitävät tätä velvollisuutenamme, meille ei anneta minkäänlaista tunnustusta...
Mutta sellaista elämä on, eikö niin? Elämme sääntöjen, normien, velvoitteiden ympäröimänä... ja joka päivä syntyy uusi käsite, joka on lisättävä jokapäiväiseen elämäämme. Toivon, että Viníciuksen visio ei koskaan toteudu... mutta sitä varten tarvitsemme yhä avoimemman yhteiskunnan, jossa kaikilla on sama merkitys rodusta, sukupuolesta tai muusta jakolinjasta riippumatta. Ja vasta sitten, kun onnistumme pääsemään eroon tässä maailmassa leviävän ennakkoluulojen ansasta, kun rakkauden eikä vihan tunne todella hallitsee ihmisten sydämiä, pystymme nauttimaan rauhasta, joka tähän asti on tuntunut yksinkertaisesti mahdottomalta...

Tania Miranda -- Brasilia - 17.11.2025
====================================================================
NOUS VIVONS DANS UN SYSTÈME CRUEL…

J'avais écrit un texte et, en voulant l'enregistrer, je l'ai tout simplement supprimé. Ça arrive de temps en temps. C'était il y a deux jours. J'ai passé deux heures à écrire, et une seule seconde a suffi pour tout perdre. J'étais évidemment contrarié… mais c'est le jeu…

Comme je n'ai pas pu enregistrer le texte, je n'ai rien publié. Le lendemain, pris par diverses activités, je n'ai pas écrit. Durant mes rares moments de loisir, je me suis consacré à la lecture, chose que je n'avais pas faite depuis longtemps. Il m'a fallu environ cinq heures pour dévorer le livre en question. Un livre décrit comme dystopique. Et, en effet, l'ouvrage dépeint une société dans laquelle, même si aucun d'entre nous ne souhaiterait vivre, l'idée n'est pas si absurde. Parce que nous vivons dans une société manipulable, nous acceptons tout ce que nos « dirigeants aux pieds d'argile » déclarent juste…

Le titre du livre est « Trop vieux pour mourir », de Vinícius Neves Mariano, publié en 2020. Un texte fluide, une écriture impeccable, une histoire qui nous happe de la première à la dernière page. Il aborde un sujet très actuel, bien que sur un ton beaucoup plus grave…

À l'heure où l'économie s'effondre, les préjugés envers les personnes âgées atteignent un niveau inimaginable. L'âgisme est devenu la norme, et éliminer les aînés est récompensé par une prime financière…

Après cette lecture, je me suis mis à réfléchir… d'une certaine manière, nous vivons dans un tel monde. Bien sûr, nous ne sommes pas en période de « chasse aux personnes âgées », mais plutôt en période d'« exploitation maximale de la main-d'œuvre », toujours au profit des plus riches. Autrement dit, même si nous n'utilisons plus ce terme aujourd'hui, nous restons esclaves des chefs des différents groupes disséminés à travers le monde…

Bien que nous nous considérions comme des individus pensants, dans les faits, nos réactions quotidiennes sont tout autres. Nous sommes pris au piège d'un système qui nous épuise et dont il est impossible de s'échapper. C'est comme la Matrice imaginée par les sœurs Wachowski… nous sommes en sommeil et acceptons sans questionner ce que nos dirigeants nous présentent comme vérité…

Nous sommes des êtres pensants, chacun évoluant dans son propre univers particulier. Cependant, comme le dit l'adage, une hirondelle ne fait pas le printemps. Et nous finissons par nous lier à d'autres, ne serait-ce que parce que, seuls, nous ne pourrions pas survivre. Dans cette lutte pour la survie, nous formons plusieurs nouveaux individus, dont nous ne sommes que les cellules. Nous ne sommes rien de plus qu'un rouage nécessaire au mouvement d'un être qui nous dépasse et dont les objectifs ne correspondent pas toujours à notre pensée, même si, au premier abord, c'est ce que nous avons ressenti…

Oui, nos dirigeants ont le don de la persuasion. Leur charisme est tel qu'ils parviennent à nous convaincre de nous investir corps et âme dans leurs projets qui, selon eux, seront bénéfiques à tous. Mais au final, les seuls à en profiter, ce sont eux…

Nous avons toujours l'illusion d'être importants. Peut-être même le sommes-nous au sein de notre famille. Peut-être. Après tout, dans certaines situations, nous ne sommes responsables que de subvenir aux besoins du groupe. Et, parce qu'ils considèrent cela comme notre devoir, nous ne recevons aucune reconnaissance…

Mais c'est la vie, n'est-ce pas ? Nous vivons entourés de règles, de normes, d'obligations… et chaque jour un nouveau concept surgit et doit être intégré à notre quotidien. J'espère que la vision de Vinícius ne se réalisera jamais… mais pour cela, il nous faut une société toujours plus accueillante, où chacun ait la même importance, sans distinction de race, de sexe ou de toute autre forme de discrimination. Et alors seulement, lorsque nous serons parvenus à nous libérer du piège des préjugés qui se répandent à travers le monde, lorsque l'amour, et non la haine, régnera véritablement dans les cœurs, nous pourrons goûter à une paix qui, jusqu'à présent, semble tout simplement impossible…

Tania Miranda – Brésil – 17/11/2025
=========================================================================
WIR LEBEN IN EINEM GRAUSAMEN SYSTEM…

Ich hatte einen Text geschrieben und ihn beim Speichern versehentlich gelöscht. Das passiert ab und zu. Es war vor zwei Tagen. Zwei Stunden meines Lebens hatte ich mit Schreiben verbracht, und in nur einer Sekunde war alles weg. Ich war natürlich verärgert… aber so ist das eben… Da ich den Text nicht speichern konnte, habe ich letztendlich nichts veröffentlicht. Und am nächsten Tag konnte ich aufgrund verschiedener Verpflichtungen nicht schreiben. In den wenigen freien Momenten widmete ich mich dem Lesen, was ich schon lange nicht mehr getan hatte. Ich brauchte ungefähr fünf Stunden, um das Buch zu verschlingen. Ein dystopisches Buch. Und tatsächlich schildert es eine Gesellschaft, in der zwar keiner von uns leben möchte, die aber gar nicht so abwegig ist. Weil wir eine manipulierbare Gesellschaft sind, akzeptieren wir alles, was unsere „Führer mit morschen Füßen“ für richtig halten… Der Titel des Buches „Zu alt zum Sterben“ von Vinícius Neves Mariano, erschienen 2020, lautet „Zu alt zum Sterben“. Flüssiger Text, makellose Sprache, eine Geschichte, die uns von der ersten bis zur letzten Seite fesselt. Sie behandelt ein Thema, das heutzutage hochaktuell ist, wenn auch in einem deutlich ernsteren Ton… In Zeiten des wirtschaftlichen Zusammenbruchs erreicht die Vorurteilsbehaftung gegenüber älteren Menschen ein Ausmaß, das wir uns im Normalfall nie hätten vorstellen können. Altersdiskriminierung ist das gängige System, und die Beseitigung älterer Menschen wird mit einem finanziellen Bonus belohnt… Nach der Lektüre begann ich nachzudenken… in gewisser Weise leben wir in einer solchen Welt. Natürlich befinden wir uns nicht in der „Jagdsaison auf ältere Menschen“, sondern vielmehr in der Zeit der „maximalen Ausbeutung von Arbeitskraft“, immer zum Vorteil derer an der Spitze der Nahrungskette. Anders gesagt, obwohl wir dieses Wort heutzutage nicht mehr verwenden, bleiben wir Sklaven der Anführer verschiedener Gruppen, die über die ganze Welt verstreut sind. Obwohl wir uns als denkende Individuen sehen, entspricht unser Verhalten im Alltag nicht diesem Bild. Wir sind in einem System gefangen, das uns die Energie raubt, und es gibt keinen Ausweg. Es ist wie in der Matrix der Wachowski-Schwestern: Wir sind wie gelähmt, und was unsere Anführer uns als Wahrheit präsentieren, akzeptieren wir unhinterfragt. Wir sind denkende Wesen, jedes in seinem eigenen Universum. Doch wie man so schön sagt: Eine Schwalbe macht noch keinen Sommer. Und so schließen wir uns mit anderen Menschen zusammen, weil wir allein nicht überleben könnten. In diesem Kampf ums Überleben formen wir neue Individuen, von denen wir nur Zellen sind. Wir sind nichts weiter als ein Rädchen im Getriebe eines Wesens, das größer ist als wir und dessen Ziele nicht immer mit unseren übereinstimmen, auch wenn das unser erster Eindruck war, als wir uns mit ihm verbanden. Ja, unsere Anführer besitzen die Gabe der Überredung. Ihr Charisma ist so groß, dass sie uns überzeugen, uns mit Leib und Seele ihren Projekten zu widmen, die ihrer Meinung nach allen zugutekommen sollen. Doch am Ende profitieren nur sie selbst davon. Wir haben immer die Illusion, wichtig zu sein. Vielleicht sind wir es sogar im familiären Umfeld. Vielleicht. Schließlich sind wir in manchen Situationen nur dafür verantwortlich, das Nötigste für die Gruppe bereitzustellen. Und weil sie dies als unsere Pflicht ansehen, erhalten wir keinerlei Anerkennung. Aber so ist das Leben, nicht wahr? Wir leben umgeben von Regeln, Normen, Verpflichtungen … und jeden Tag taucht ein neues Konzept auf, das in unseren Alltag integriert werden muss. Ich hoffe, dass Vinícius' Vision niemals Wirklichkeit wird … aber dafür brauchen wir eine immer offenere Gesellschaft, in der jeder Mensch gleich wichtig ist, unabhängig von Herkunft, Geschlecht oder anderen Merkmalen. Und erst dann, wenn es uns gelingt, der Falle der Vorurteile in dieser Welt zu entkommen, wenn die Liebe und nicht der Hass die Herzen der Menschen wirklich beherrscht, werden wir einen Frieden genießen können, der uns bis jetzt unmöglich erscheint…

Tania Miranda – Brasilien – 17.11.2025
========================================================================











Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

THE CRYSTAL CUP - Chapter Six

IDENTIDADE

A MÚSICA É A LINGUAGEM DOS ANJOS