O FLAUTISTA DE HAMELIN
O FLAUTISTA DE HAMELIN
Um de nossos maiores defeitos... que costumamos ver como se fosse uma qualidade... é nos considerarmos mais importantes do que realmente somos. Normalmente nos vemos como aquele que pode resolver todos os problemas que surgem e, não raro, temos sempre uma solução para tudo. Nossa auto confiança é tamanha que, muitas vezes, costumamos dar nossos palpites mesmo quando tais não foram solicitados. E isso não é bom, é claro...
Nos consideramos experts em todos os segmentos e temos sempre algo a dizer sobre o assunto do momento. Geralmente até elogiamos determinadas situações, embora algumas vezes sejamos cruéis em nossas colocações. O pior é que "não fazemos por mal"... as palavras simplesmente escapam de nossa boca...
Há pessoas que se policiam para que tal não aconteça e não rasgue a delicada cortina que protege as relações sociais. Outras não conseguem tal intento e, para não cometerem tais gafes, costumam se isolar dos grupos. Não porque não queiram participar do núcleo social, simplesmente tenta evitar ser desagradáveis com suas opiniões...
Temos opiniões formadas sobre todos os assuntos. Não importa se a questão em pauta é política, religiosa ou social. Estamos sempre inteiradas do assunto e nossa visão sobre tal é a mais coerente... ou pelo menos assim pensamos. Seja qual for a linha em questão, se começarmos uma discussão sobre essa podemos chegar, inclusive, às vias de fato. Porque temos a convicção de que nosso ponto de vista é o único correto, nos esquecendo de que a verdade tem múltiplas facetas...
Os três núcleos, embora aparentemente sejam divergentes, em sua essência são a mesma coisa. A devoção que temos quanto a nossas ideias faz com que a importância de determinado político se iguale a influência de um deus qualquer que, convenhamos, é uma entidade inexistente... mas que mesmo assim tem força para moldar nossas ações...
Não estou dizendo que Deus não existe... de forma alguma. O que eu quis dizer é que criamos deuses a todo momento e temos um panteão de protetores invisíveis, que são clamados para nos auxiliar nos momentos difíceis que atravessamos durante nossa caminhada...
Ficou confuso? Sim, concordo que parece que misturei as estações. Mas a explicação é simples... existe uma Força Poderosa, Criadora, que possibilitou a existência de tudo que vemos ao nosso redor. A essa força, que não temos como mensurar, eu chamo de "Altíssimo". Ele existe, independente de acreditarmos ou não. Está ao nosso lado a todo instante. Está no nascimento de uma nova vida, no fenecer de outra. Segue um ciclo que não entendemos, e talvez não tenhamos mesmo que entender... apenas viver...
Bem, quando falamos de religião, devido a nossa ignorância, costumamos dar a essa Força Primordial nomes que imaginamos poder descrevê-la. E cada um cria seu próprio deus pessoal, criando uma imagem à sua semelhança... não costumamos dizer que Deus criou o Homem à sua imagem e semelhança? Pois é...
O problema nessa nossa concepção do divino é que cada um imagina o pai eterno de acordo com sua conveniência. Ou seja... meu deus apoia tudo que faço em seu nome, pois sou protegido por ele. E minhas ações são ditadas por sua vontade...
Vendo a "intervenção divina" dessa maneira simplista torna tudo mais simples, mais palatável. Afinal, não importa o que eu faça, estarei cumprindo um propósito que não é meu, é daquele a quem sirvo. E como sei que estou seguindo seus desejos? Bem, há várias maneiras. Mas a principal é ouvir as orientações dos ungidos que meu deus deixou nesse plano, para nos orientar em como satisfazê-lo...
Não se engane... nem sempre seguir uma religião é fazer o bem para seu próximo. Se tal correspondesse à realidade, considerando a quantidade de igrejas espalhadas por esse mundo sem fim, viveríamos no Paraíso. Nas na vida real não é isso o que acontece...
O mais esdrúxulo nessa situação é quando dois grupos, teoricamente seguidores da mesma fé, entram em conflito em nome de seu deus... seus líderes religiosos abençoam as tropas que entrarão em conflito, pedindo a "proteção divina"...
Quando são duas vertentes religiosas diferentes até dá para tentar entender a querela que se iniciará... afinal, o deus de sua fé é o demônio da minha. Nossa ótica distorcida não percebe que há uma única força que controla o mundo e, no afã de tornarmos apenas nosso deus reconhecido como o criador de tudo, partimos para as vias de fato contra os infiéis que não aceitam nossa verdade, que é a única verdadeira...
Essa constante se repete também em outros segmentos de nossa vida social. Quando o assunto é política, temos nossos deuses de pés de barro que costumamos defender até com nossa vida, se necessário for. Porque nossos escolhidos tem consigo a verdade que tanto necessitamos conhecer... pena que essa verdade seja favorável apenas a eles e seus favoritos...
Nos grupos sociais, não importa de que natureza sejam, a mesma história se repete. Os líderes são tratados como deuses e sua palavra é a lei que todos seguem. Mas aí dá para percebermos quão incoerentes somos...
Dificilmente pertencemos a um único núcleo social e tal faz com que acabemos por participar de grupos muitas vezes antagônicos. Ou seja, acabamos por nos tornar inimigos de nós mesmo, visto que ao participarmos de determinada ação estaremos contradizendo aquilo que em outro momento consideramos como a única verdade de nossa vida...
A vida é feita de ironias. Nem sempre as percebemos. Mas é de nossa índole. Afinal, somos cooptados a todo instante para seguir novas diretrizes... e se o líder de tal grupo tiver uma excelente oratória, como o Flautista de Hamelin irá nos convencer a seguir um caminho que nada de bom irá trazer para nossas vidas... mas o que importa é o que o núcleo social ao qual pensamos pertencer decide sobre nós, não é mesmo?...
Tania Miranda - Brasil - 24/11/2025
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THE PIED PIPER OF HAMELIN
One of our greatest flaws... which we often see as a quality... is considering ourselves more important than we really are. We usually see ourselves as the one who can solve all the problems that arise and, not infrequently, we always have a solution for everything. Our self-confidence is so great that we often give our opinions even when they haven't been asked for. And that's not good, of course...
We consider ourselves experts in all areas and always have something to say about the topic of the moment. We usually even praise certain situations, although sometimes we are cruel in our statements. The worst part is that "we don't do it on purpose"... the words simply slip out of our mouths...
There are people who police themselves so that this doesn't happen and doesn't tear the delicate curtain that protects social relationships. Others can't achieve this and, to avoid committing such gaffes, they tend to isolate themselves from groups. Not because they don't want to participate in the social core, they simply try to avoid being unpleasant with their opinions...
We have formed opinions on all subjects. It doesn't matter if the issue at hand is political, religious, or social. We are always up-to-date on the subject, and our view on it is the most coherent... or at least that's what we think. Whatever the line of inquiry, if we start a discussion about it, we can even come to blows. Because we are convinced that our point of view is the only correct one, forgetting that truth has multiple facets...
The three cores, although seemingly divergent, are essentially the same thing. The devotion we have to our ideas makes the importance of a particular politician equal to the influence of some god who, let's face it, is a non-existent entity... but who still has the power to shape our actions...
I'm not saying that God doesn't exist... not at all. What I meant is that we create gods all the time and have a pantheon of invisible protectors, who are called upon to help us in the difficult moments we go through during our journey...
Confused? Yes, I agree that it seems like I mixed things up. But the explanation is simple... there is a Powerful, Creative Force that made possible the existence of everything we see around us. I call this force, which we cannot measure, "the Most High." It exists, whether we believe in it or not. It is by our side at every moment. It is in the birth of a new life, in the fading of another. It follows a cycle that we do not understand, and perhaps we don't even have to understand... just live it...
Well, when we talk about religion, due to our ignorance, we tend to give this Primordial Force names that we imagine can describe it. And each one creates their own personal god, creating an image in their likeness... don't we usually say that God created Man in his image and likeness? Well...
The problem with this conception of the divine is that each one imagines the eternal father according to their convenience. In other words... my god supports everything I do in his name, because I am protected by him. And my actions are dictated by His will...
Seeing "divine intervention" in this simplistic way makes everything simpler, more palatable. After all, no matter what I do, I will be fulfilling a purpose that is not mine, but that of the one I serve. And how do I know I am following His wishes? Well, there are several ways. But the main one is to listen to the guidance of the anointed ones that my God left on this plane, to guide us on how to satisfy Him...
Don't be fooled... following a religion is not always doing good for your neighbor. If that were true, considering the number of churches scattered throughout this endless world, we would live in Paradise. In real life, that's not what happens...
The most bizarre thing about this situation is when two groups, theoretically followers of the same faith, clash in the name of their god... their religious leaders bless the troops that will clash, asking for "divine protection"...
When it's two different religious branches, it's even possible to try to understand the quarrel that will begin... after all, the god of their faith is the demon of mine. Our distorted perspective doesn't realize that there is only one force that controls the world and, in our eagerness to have only our god recognized as the creator of everything, we resort to violence against the infidels who do not accept our truth, which is the only true one...
This constant also repeats itself in other segments of our social life. When the subject is politics, we have our gods with feet of clay that we usually defend even with our lives, if necessary. Because our chosen ones have with them the truth that we so desperately need to know... too bad that this truth is only favorable to them and their favorites...
In social groups, no matter what their nature, the same story repeats itself. Leaders are treated like gods, and their word is the law that everyone follows. But then we can see how inconsistent we are...
We hardly belong to a single social group, and this causes us to end up participating in groups that are often antagonistic. In other words, we end up becoming our own enemies, since by participating in a certain action we will be contradicting what at another time we considered to be the only truth of our lives...
Life is full of ironies. We don't always perceive them. But it's in our nature. After all, we are constantly co-opted to follow new guidelines... and if the leader of such a group has excellent oratory skills, like the Pied Piper of Hamelin, he will convince us to follow a path that will bring nothing good to our lives... but what matters is what the social group to which we think we belong decides about us, isn't it?...
Tania Miranda - Brazil - 11/24/2025
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EL FLAUTISTA DE HAMELIN
Uno de nuestros mayores defectos, que a menudo consideramos una cualidad, es creernos más importantes de lo que realmente somos. Solemos creernos capaces de resolver todos los problemas y, con frecuencia, siempre tenemos una solución para todo. Tenemos tanta confianza en nosotros mismos que solemos dar nuestra opinión incluso cuando no nos la han pedido. Y eso no es bueno, claro...
Nos consideramos expertos en todos los ámbitos y siempre tenemos algo que decir sobre el tema del momento. Solemos incluso elogiar ciertas situaciones, aunque a veces somos crueles en nuestras declaraciones. Lo peor es que "no lo hacemos a propósito"... las palabras simplemente se nos escapan...
Hay personas que se controlan para que esto no suceda y no rasgue la delicada cortina que protege las relaciones sociales. Otros no lo consiguen y, para evitar estas meteduras de pata, tienden a aislarse de los grupos. No es que no quieran participar en el núcleo social, simplemente intentan evitar ser desagradables con sus opiniones...
Tenemos opiniones formadas sobre todos los temas. No importa si se trata de política, religión o sociedad. Siempre estamos al día sobre el tema, y nuestra visión al respecto es la más coherente... o al menos eso creemos. Sea cual sea la línea de investigación, si iniciamos una discusión al respecto, incluso podemos llegar a las manos. Porque estamos convencidos de que nuestro punto de vista es el único correcto, olvidando que la verdad tiene múltiples facetas...
Los tres núcleos, aunque aparentemente divergentes, son esencialmente lo mismo. La devoción que tenemos por nuestras ideas iguala la importancia de un político en particular a la influencia de algún dios que, admitámoslo, es una entidad inexistente... pero que aun así tiene el poder de moldear nuestras acciones...
No digo que Dios no exista... en absoluto. Lo que quería decir es que creamos dioses constantemente y tenemos un panteón de protectores invisibles, a quienes llamamos para que nos ayuden en los momentos difíciles que atravesamos en nuestro camino...
¿Confundido? Sí, estoy de acuerdo en que parece que confundí las cosas. Pero la explicación es simple... hay una Fuerza Poderosa y Creativa que hizo posible la existencia de todo lo que vemos a nuestro alrededor. Llamo a esta fuerza, que no podemos medir, "el Altísimo". Existe, creamos en ella o no. Está a nuestro lado en cada momento. Está en el nacimiento de una nueva vida, en el desvanecimiento de otra. Sigue un ciclo que no entendemos, y quizás ni siquiera tengamos que entender... simplemente vivirlo...
Bueno, cuando hablamos de religión, debido a nuestra ignorancia, tendemos a darle a esta Fuerza Primordial nombres que imaginamos que pueden describirla. Y cada uno crea su propio dios personal, creando una imagen a su semejanza... ¿no solemos decir que Dios creó al hombre a su imagen y semejanza? Bueno...
El problema con esta concepción de lo divino es que cada uno imagina al Padre Eterno según su conveniencia. En otras palabras... mi dios apoya todo lo que hago en su nombre, porque estoy protegido por él. Y mis acciones están dictadas por su voluntad...
Ver la "intervención divina" de esta manera simplista hace que todo sea más sencillo, más agradable. Después de todo, haga lo que haga, estaré cumpliendo un propósito que no es el mío, sino el de aquel a quien sirvo. ¿Y cómo sé que estoy siguiendo sus deseos? Bueno, hay varias maneras. Pero la principal es escuchar la guía de los ungidos que mi Dios dejó en este plano, para que nos guíen sobre cómo satisfacerlo...
No se dejen engañar... seguir una religión no siempre es hacer el bien al prójimo. Si eso fuera cierto, considerando la cantidad de iglesias esparcidas por este mundo infinito, viviríamos en el Paraíso. En la vida real, eso no es lo que sucede...
Lo más extraño de esta situación es cuando dos grupos, teóricamente seguidores de la misma fe, se enfrentan en nombre de su dios... sus líderes religiosos bendicen a las tropas que se enfrentarán, pidiendo "protección divina"...
Cuando se trata de dos ramas religiosas diferentes, incluso es posible intentar comprender la disputa que comenzará... después de todo, el dios de su fe es el demonio de la mía. Nuestra perspectiva distorsionada no se da cuenta de que solo hay una fuerza que controla el mundo y, en nuestro afán por que solo nuestro dios sea reconocido como el creador de todo, recurrimos a la violencia contra los infieles que no aceptan nuestra verdad, que es la única verdadera...
Esta constante también se repite en otros segmentos de nuestra vida social. Cuando se trata de política, tenemos a nuestros dioses con pies de barro que solemos defender incluso con la vida, si es necesario. Porque nuestros elegidos tienen consigo la verdad que tanto necesitamos saber... lástima que esta verdad solo les favorezca a ellos y a sus favoritos...
En los grupos sociales, sea cual sea su naturaleza, se repite la misma historia. Los líderes son tratados como dioses, y su palabra es la ley que todos siguen. Pero entonces vemos lo inconsistentes que somos...
Difícilmente pertenecemos a un solo grupo social, y esto nos lleva a participar en grupos a menudo antagónicos. En otras palabras, nos convertimos en nuestros propios enemigos, ya que al participar en una determinada acción contradecimos lo que en otro momento consideramos la única verdad de nuestras vidas...
La vida está llena de ironías. No siempre las percibimos. Pero es parte de nuestra naturaleza. Al fin y al cabo, constantemente nos cooptan para seguir nuevas pautas... y si el líder de dicho grupo tiene excelentes dotes oratorias, como el Flautista de Hamelín, nos convencerá de seguir un camino que no traerá nada bueno a nuestras vidas... pero lo que importa es lo que el grupo social al que creemos pertenecer decide sobre nosotros, ¿no?...
Tania Miranda - Brasil - 24/11/2025
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HAMELININ PIED PIPER
Yksi suurimmista puutteistamme... jonka usein pidämme ominaisuutena... on se, että pidämme itseämme tärkeämpänä kuin todellisuudessa olemme. Yleensä pidämme itseämme sellaisena, joka pystyy ratkaisemaan kaikki esiin nousevat ongelmat, ja usein meillä on aina ratkaisu kaikkeen. Itseluottamuksemme on niin suuri, että usein annamme mielipiteemme, vaikka niitä ei olisi pyydettykään. Eikä se tietenkään ole hyvä asia...
Pidämme itseämme asiantuntijoina kaikilla aloilla ja meillä on aina jotain sanottavaa hetken aiheesta. Yleensä jopa kehumme tiettyjä tilanteita, vaikka joskus olemmekin julmia lausunnoissamme. Pahinta on, että "emme tee sitä tahallamme"... sanat vain lipsahtavat suustamme...
On ihmisiä, jotka valvovat itseään, jotta näin ei tapahdu eivätkä repeä herkkää verhoa, joka suojaa sosiaalisia suhteita. Toiset eivät pysty tähän, ja välttääkseen tällaisia kömmähdyksiä he pyrkivät eristäytymään ryhmistä. Ei siksi, etteivät he haluaisi osallistua sosiaaliseen ytimeen, he yksinkertaisesti yrittävät välttää epämiellyttäviä mielipiteitään...
Olemme muodostaneet mielipiteitä kaikista aiheista. Ei ole väliä, onko käsillä oleva asia poliittinen, uskonnollinen vai sosiaalinen. Olemme aina ajan tasalla aiheesta, ja näkemyksemme siitä on johdonmukaisin... tai ainakin niin ajattelemme. Olipa tutkimussuunta mikä tahansa, jos aloitamme keskustelun siitä, voimme jopa joutua tappeluihin. Koska olemme vakuuttuneita siitä, että näkökulmamme on ainoa oikea, unohtaen, että totuudella on useita puolia...
Nämä kolme ydintä, vaikka näennäisesti erilaiset, ovat pohjimmiltaan sama asia. Omistautumisemme ajatuksillemme tekee tietyn poliitikon tärkeydestä yhtä suuren kuin jonkin jumalan vaikutusvallan, joka, myönnetään se, on olematon olento... mutta jolla on silti valta muokata tekojamme...
En väitä, etteikö Jumalaa olisi olemassa... ei ollenkaan. Tarkoitin sitä, että luomme jumalia koko ajan ja meillä on joukko näkymättömiä suojelijoita, jotka kutsutaan auttamaan meitä vaikeina hetkinä, joita koemme matkamme aikana...
Hämmentynyt? Kyllä, olen samaa mieltä siitä, että näyttää siltä, että sekoitin asioita. Mutta selitys on yksinkertainen... on olemassa Voimakas, Luova Voima, joka mahdollisti kaiken ympärillämme näkemämme olemassaolon. Kutsun tätä voimaa, jota emme voi mitata, "Korkeimmaksi". Se on olemassa, uskoimmepa siihen tai emme. Se on rinnallamme joka hetki. Se on uuden elämän syntymässä, toisen elämän hiipumisessa. Se seuraa sykliä, jota emme ymmärrä, emmekä ehkä meidän edes tarvitse ymmärtää... eläkää sitä vain...
No, kun puhumme uskonnosta, tietämättömyytemme vuoksi meillä on taipumus antaa tälle Alkuperäiselle Voimalle nimiä, jotka kuvittelemme voivamme kuvailla sitä. Ja jokainen luo oman henkilökohtaisen jumalansa, luoden kuvan omaksi kaltaisekseen... emmekö yleensä sano, että Jumala loi ihmisen omaksi kuvakseen ja kaltaisekseen? No...
Tämän jumalallisen käsityksen ongelma on se, että jokainen kuvittelee iankaikkisen isän oman mukavuutensa mukaan. Toisin sanoen... minun jumalani tukee kaikkea, mitä teen hänen nimessään, koska hän suojelee minua. Ja tekoni sanelevat hänen tahtonsa...
"Jumalallisen väliintulon" näkeminen tällä yksinkertaisella tavalla tekee kaikesta yksinkertaisempaa, miellyttävämpää. Loppujen lopuksi, mitä tahansa teenkin, täytän tarkoituksen, joka ei ole minun, vaan palvelemani henkilön. Ja mistä tiedän noudattavani Hänen toiveitaan? No, on olemassa useita tapoja. Mutta tärkein on kuunnella voideltujen opastusta, jotka Jumalani jätti tälle tasolle, jotta he opastaisivat meitä tyydyttämään Hänet...
Älä anna hämätä itseäsi... uskonnon seuraaminen ei aina tee hyvää lähimmäisellesi. Jos se olisi totta, ottaen huomioon kirkkojen määrän tässä loputtomassa maailmassa, eläisimme paratiisissa. Todellisessa elämässä näin ei tapahdu...
Oudointa tässä tilanteessa on se, kun kaksi ryhmää, jotka teoriassa ovat saman uskon seuraajia, ottavat yhteen jumalansa nimessä... heidän uskonnolliset johtajansa siunaavat yhteenottoon tulevat joukot ja pyytävät "jumalallista suojelusta"...
Kun kyseessä on kaksi eri uskonnollista haaraa, on jopa mahdollista yrittää ymmärtää alkavaa riitaa... loppujen lopuksi heidän uskonsa jumala on minun uskoni demoni. Vääristynyt näkökulmamme ei ymmärrä, että maailmaa hallitsee vain yksi voima, ja halutessamme saada vain oman jumalamme tunnustetuksi kaiken luojaksi turvaudumme väkivaltaan niitä uskottomia vastaan, jotka eivät hyväksy totuuttamme, joka on ainoa oikea...
Tämä vakio toistuu myös muissa sosiaalisen elämämme osissa. Kun aiheena on politiikka, meillä on savijalkaisia jumaliamme, joita yleensä puolustamme tarvittaessa jopa hengellämme. Koska valituillamme on mukanaan totuus, jonka niin epätoivoisesti tarvitsemme tietää... sääli, että tämä totuus on suotuisa vain heille ja heidän suosikeilleen...
Yhteiskunnallisissa ryhmissä, niiden luonteesta riippumatta, sama tarina toistuu. Johtajia kohdellaan kuin jumalia, ja heidän sanansa on laki, jota kaikki noudattavat. Mutta sitten voimme nähdä, kuinka epäjohdonmukaisia me olemme...
Tuskin kuulumme yhteenkään sosiaaliseen ryhmään, ja tämä johtaa siihen, että päädymme osallistumaan ryhmiin, jotka ovat usein vihamielisiä. Toisin sanoen meistä tulee omia vihollisiamme, koska osallistumalla tiettyyn toimintaan olemme ristiriidassa sen kanssa, mitä aiemmin pidimme elämämme ainoana totuutena...
Elämä on täynnä ironiaa. Emme aina havaitse sitä. Mutta se on luonnossamme. Loppujen lopuksi meidät pakotetaan jatkuvasti noudattamaan uusia ohjeita... ja jos tällaisen ryhmän johtajalla on erinomaiset puhetaidot, kuten Hamelinin pillipiiparilla, hän vakuuttaa meidät seuraamaan polkua, joka ei tuo mitään hyvää elämäämme... mutta tärkeää on se, mitä se sosiaalinen ryhmä, johon luulemme kuuluvamme, päättää meistä, eikö niin?...
Tania Miranda - Brasilia - 24.11.2025
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IL PIPERONE DI HAMELIN
Uno dei nostri più grandi difetti... che spesso consideriamo una qualità... è considerarci più importanti di quanto siamo in realtà. Di solito ci consideriamo coloro che possono risolvere tutti i problemi che si presentano e, non di rado, abbiamo sempre una soluzione per tutto. La nostra autostima è così grande che spesso esprimiamo la nostra opinione anche quando non ci viene richiesta. E questo non va bene, ovviamente...
Ci consideriamo esperti in tutti i campi e abbiamo sempre qualcosa da dire sull'argomento del momento. Di solito lodiamo persino certe situazioni, anche se a volte siamo crudeli nelle nostre affermazioni. La cosa peggiore è che "non lo facciamo apposta"... le parole ci scivolano semplicemente di bocca...
Ci sono persone che si autocontrollano affinché questo non accada e non strappi la delicata cortina che protegge le relazioni sociali. Altri non ci riescono e, per evitare di commettere simili gaffe, tendono a isolarsi dai gruppi. Non perché non vogliano partecipare al nucleo sociale, cercano semplicemente di evitare di essere sgradevoli con le loro opinioni...
Ci siamo formati delle opinioni su tutti gli argomenti. Non importa se la questione in questione sia politica, religiosa o sociale. Siamo sempre aggiornati sull'argomento e la nostra visione è la più coerente... o almeno questo è ciò che pensiamo. Qualunque sia la linea di ricerca, se iniziamo una discussione al riguardo, possiamo persino arrivare alle mani. Perché siamo convinti che il nostro punto di vista sia l'unico corretto, dimenticando che la verità ha molteplici sfaccettature...
I tre nuclei, sebbene apparentemente divergenti, sono essenzialmente la stessa cosa. La devozione che abbiamo per le nostre idee fa sì che l'importanza di un particolare politico sia pari all'influenza di un dio che, diciamocelo, è un'entità inesistente... ma che ha comunque il potere di plasmare le nostre azioni...
Non sto dicendo che Dio non esista... per niente. Quello che intendevo è che creiamo divinità in continuazione e abbiamo un pantheon di protettori invisibili, chiamati ad aiutarci nei momenti difficili che attraversiamo durante il nostro cammino...
Confuso? Sì, sono d'accordo che sembra che abbia confuso le cose. Ma la spiegazione è semplice... c'è una Forza Potente e Creativa che ha reso possibile l'esistenza di tutto ciò che vediamo intorno a noi. Chiamo questa forza, che non possiamo misurare, "l'Altissimo". Esiste, che ci crediamo o no. È al nostro fianco in ogni momento. È nella nascita di una nuova vita, nello svanire di un'altra. Segue un ciclo che non comprendiamo, e forse non dobbiamo nemmeno capirlo... basta viverlo...
Beh, quando parliamo di religione, a causa della nostra ignoranza, tendiamo ad attribuire a questa Forza Primordiale nomi che immaginiamo possano descriverla. E ognuno crea il proprio dio personale, creando un'immagine a propria somiglianza... non diciamo forse di solito che Dio ha creato l'Uomo a sua immagine e somiglianza? Beh...
Il problema con questa concezione del divino è che ognuno immagina il Padre eterno secondo la propria convenienza. In altre parole... il mio Dio sostiene tutto ciò che faccio in suo nome, perché sono protetto da Lui. E le mie azioni sono dettate dalla Sua volontà...
Considerare "l'intervento divino" in questo modo semplicistico rende tutto più semplice, più accettabile. Dopotutto, qualunque cosa io faccia, realizzerò uno scopo che non è mio, ma di colui che servo. E come faccio a sapere che sto seguendo i Suoi desideri? Beh, ci sono diversi modi. Ma il principale è ascoltare la guida degli unti che il mio Dio ha lasciato su questo piano, per guidarci su come soddisfarLo...
Non fatevi ingannare... seguire una religione non significa sempre fare del bene al prossimo. Se fosse vero, considerando il numero di chiese sparse in questo mondo infinito, vivremmo in Paradiso. Nella vita reale, non è così che succede...
La cosa più bizzarra di questa situazione è quando due gruppi, teoricamente seguaci della stessa fede, si scontrano in nome del loro dio... i loro leader religiosi benedicono le truppe che si scontreranno, chiedendo "protezione divina"...
Quando si tratta di due rami religiosi diversi, è persino possibile cercare di comprendere la lite che ne scaturirà... dopotutto, il dio della loro fede è il demone della mia. La nostra prospettiva distorta non si rende conto che esiste una sola forza che controlla il mondo e, nella nostra ansia di vedere riconosciuto solo il nostro dio come creatore di ogni cosa, ricorriamo alla violenza contro gli infedeli che non accettano la nostra verità, che è l'unica vera...
Questa costante si ripete anche in altri segmenti della nostra vita sociale. Quando si parla di politica, abbiamo i nostri dèi dai piedi d'argilla che di solito difendiamo anche a costo della vita, se necessario. Perché i nostri eletti hanno con sé la verità che noi abbiamo così disperatamente bisogno di conoscere... peccato che questa verità sia favorevole solo a loro e ai loro favoriti...
Nei gruppi sociali, indipendentemente dalla loro natura, la stessa storia si ripete. I leader sono trattati come dei e la loro parola è la legge che tutti seguono. Ma poi possiamo vedere quanto siamo incoerenti...
Non apparteniamo quasi mai a un singolo gruppo sociale, e questo ci porta a partecipare a gruppi spesso antagonisti. In altre parole, finiamo per diventare nemici di noi stessi, poiché partecipando a una certa azione contraddiremo quella che in un altro momento consideravamo l'unica verità della nostra vita...
La vita è piena di ironie. Non sempre le percepiamo. Ma è nella nostra natura. Dopotutto, siamo costantemente cooptati a seguire nuove linee guida... e se il leader di un tale gruppo ha eccellenti capacità oratorie, come il Pifferaio di Hamelin, ci convincerà a seguire una strada che non porterà nulla di buono alla nostra vita... ma ciò che conta è ciò che il gruppo sociale a cui pensiamo di appartenere decide di noi, non è vero?...
Tania Miranda - Brasile - 24/11/2025
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LE JOUEUR DE FLÛTE DE HAMELIN
L'un de nos plus grands défauts, que nous prenons souvent pour une qualité, est de nous surestimer. Nous nous considérons généralement comme capables de résoudre tous les problèmes et, bien souvent, nous avons toujours une solution à tout. Notre confiance en nous est telle que nous donnons souvent notre avis sans qu'on nous le demande. Et ce n'est évidemment pas bon…
Nous nous prenons pour des experts en tout et avons toujours quelque chose à dire sur le sujet du moment. Nous avons même tendance à vanter certaines situations, parfois avec cruauté. Le pire, c'est que « nous ne le faisons pas exprès »… les mots nous échappent tout simplement…
Certaines personnes se contrôlent pour éviter cela et préserver le fragile équilibre des relations sociales. D'autres n'y parviennent pas et, pour éviter de commettre de tels impairs, ont tendance à s'isoler. Non pas qu'ils refusent de participer à la vie sociale, mais ils cherchent simplement à éviter de froisser les susceptibilités.
Nous avons tous des opinions bien arrêtées sur tous les sujets. Qu'il s'agisse de politique, de religion ou de société, peu importe. Nous sommes toujours au courant de l'actualité et notre point de vue est le plus cohérent… du moins, c'est ce que nous croyons. Quel que soit le sujet abordé, si nous entamons une discussion, cela peut même dégénérer en bagarre. Car nous sommes persuadés que notre point de vue est le seul valable, oubliant que la vérité est multiple.
Ces trois noyaux, bien que paraissant divergents, sont en réalité identiques. L'attachement que nous portons à nos idées confère à un homme politique une importance comparable à celle d'une divinité qui, soyons honnêtes, n'existe pas… mais qui a pourtant le pouvoir d'influencer nos actions.
Je ne dis pas que Dieu n'existe pas… loin de là. Ce que je voulais dire, c'est que nous créons constamment des dieux et que nous avons un panthéon de protecteurs invisibles, que nous invoquons pour nous aider dans les moments difficiles qui jalonnent notre existence…
Vous êtes perdu ? Oui, je reconnais que j'ai peut-être un peu mélangé les choses. Mais l'explication est simple : il existe une Force Créatrice Puissante qui a rendu possible l'existence de tout ce qui nous entoure. J'appelle cette force, que nous ne pouvons mesurer, « le Très-Haut ». Elle existe, que nous y croyions ou non. Elle est à nos côtés à chaque instant. Elle est présente à la naissance d'une nouvelle vie, à la disparition d'une autre. Elle suit un cycle que nous ne comprenons pas, et peut-être n'avons-nous même pas besoin de comprendre… il suffit de le vivre…
Or, lorsque nous parlons de religion, par ignorance, nous avons tendance à donner à cette Force Primordiale des noms qui, selon notre imagination, peuvent la décrire. Et chacun crée son propre dieu, une image à son image… N'a-t-on pas l'habitude de dire que Dieu a créé l'Homme à son image et à sa ressemblance ? Bon…
Le problème avec cette conception du divin, c’est que chacun imagine le père éternel selon ses propres intérêts. Autrement dit… mon dieu approuve tout ce que je fais en son nom, car je suis protégé par lui. Et mes actions sont dictées par sa volonté…
Percevoir l’« intervention divine » de cette manière simpliste rend tout plus facile, plus acceptable. Après tout, quoi que je fasse, j’accomplirai un dessein qui n’est pas le mien, mais celui de celui que je sers. Et comment savoir si je suis ses souhaits ? Il y a plusieurs façons. Mais la principale est d’écouter les conseils des élus que mon Dieu a laissés sur cette terre, pour nous guider sur la manière de lui plaire…
Ne vous y trompez pas… suivre une religion ne signifie pas toujours faire le bien autour de soi. Si c’était vrai, vu le nombre d’églises disséminées à travers le monde, nous vivrions au paradis. Dans la réalité, les choses ne se passent pas ainsi…
Le plus étrange, c’est lorsque deux groupes, censés partager la même foi, s’affrontent au nom de leur dieu… Leurs chefs religieux bénissent les troupes qui vont se battre, implorant la « protection divine »…
Quand il s’agit de deux branches religieuses différentes, on peut même tenter de comprendre la querelle qui va éclater… après tout, le dieu de leur foi est le démon de la mienne. Notre vision déformée du monde nous empêche de réaliser qu’il n’existe qu’une seule force qui le régit et, dans notre empressement à faire reconnaître notre dieu comme le créateur de toute chose, nous avons recours à la violence contre les infidèles qui refusent notre vérité, la seule vraie…
Ce schéma se répète dans d’autres domaines de notre vie sociale. En politique, nous avons des dieux aux pieds d’argile que nous défendons généralement jusqu’à la mort, s’il le faut. Car nos élus détiennent la vérité que nous avons tant besoin de connaître… dommage que cette vérité ne leur soit favorable qu’à eux et à leurs favoris…
Dans les groupes sociaux, quelle que soit leur nature, le même scénario se répète. Les leaders sont traités comme des dieux, et leur parole fait loi. Mais alors, on constate notre incohérence…
Nous appartenons rarement à un seul groupe social, ce qui nous amène à participer à des groupes souvent antagonistes. Autrement dit, nous finissons par devenir nos propres ennemis, car en participant à une action, nous contredisons ce que nous considérions auparavant comme la seule vérité de notre existence…
La vie est pleine d’ironies. Nous ne les percevons pas toujours. Mais c’est dans notre nature. Après tout, nous sommes constamment instrumentalisés pour suivre de nouvelles directives… et si le leader d’un tel groupe possède un talent oratoire exceptionnel, tel le joueur de flûte de Hamelin, il saura nous convaincre de suivre une voie qui ne nous apportera rien de bon… mais ce qui compte, c’est ce que le groupe social auquel nous pensons appartenir décide de nous, n’est-ce pas ?…
Tania Miranda - Brésil - 24/11/2025
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DER RATZER VON HAMELIN
Einer unserer größten Fehler – den wir oft fälschlicherweise für eine Stärke halten – ist, uns selbst für wichtiger zu halten, als wir tatsächlich sind. Wir sehen uns meist als diejenigen, die alle auftretenden Probleme lösen können, und nicht selten haben wir für alles eine Lösung parat. Unser Selbstvertrauen ist so groß, dass wir oft ungefragt unsere Meinung kundtun. Und das ist natürlich nicht gut. Wir halten uns für Experten auf allen Gebieten und haben zu jedem Thema etwas zu sagen. Wir loben sogar bestimmte Situationen, obwohl wir manchmal in unseren Äußerungen verletzend sind. Das Schlimmste daran ist, dass wir es „nicht absichtlich“ tun – die Worte rutschen uns einfach heraus. Manche Menschen achten sehr auf sich selbst, um dies zu vermeiden und den feinen Schleier sozialer Beziehungen nicht zu zerreißen. Andere schaffen das nicht und isolieren sich, um solche Fehltritte zu vermeiden, von anderen Gruppen. Nicht etwa, weil sie nicht am gesellschaftlichen Leben teilnehmen wollen, sondern weil sie einfach versuchen, mit ihren Meinungen nicht unangenehm zu wirken… Wir haben uns zu allen Themen eine Meinung gebildet. Ob es sich um Politik, Religion oder Gesellschaft handelt, spielt keine Rolle. Wir sind stets bestens informiert, und unsere Sichtweise ist die schlüssigste… zumindest glauben wir das. Egal, worüber wir diskutieren, wenn wir eine Diskussion beginnen, kann es sogar zu Handgreiflichkeiten kommen. Denn wir sind überzeugt, dass unser Standpunkt der einzig richtige ist, und vergessen dabei, dass die Wahrheit viele Facetten hat… Die drei Kerne, so unterschiedlich sie auch scheinen mögen, sind im Grunde genommen dasselbe. Unsere Hingabe an unsere Ideen lässt die Bedeutung eines bestimmten Politikers dem Einfluss eines Gottes gleichkommen, der, seien wir ehrlich, nicht existiert… aber dennoch die Macht hat, unser Handeln zu lenken… Ich sage nicht, dass Gott nicht existiert… ganz und gar nicht. Was ich damit sagen wollte, ist, dass wir ständig Götter erschaffen und ein Pantheon unsichtbarer Beschützer haben, die wir in den schwierigen Momenten unseres Lebens anrufen, um uns beizustehen. Verwirrt? Ja, ich gebe zu, es wirkt, als hätte ich etwas durcheinandergebracht. Aber die Erklärung ist einfach: Es gibt eine mächtige, schöpferische Kraft, die die Existenz von allem, was wir um uns herum sehen, ermöglicht hat. Ich nenne diese Kraft, die wir nicht messen können, „den Allerhöchsten“. Sie existiert, ob wir daran glauben oder nicht. Sie ist in jedem Augenblick an unserer Seite. Sie ist in der Geburt neuen Lebens, im Vergehen des anderen. Sie folgt einem Kreislauf, den wir nicht verstehen, und vielleicht müssen wir ihn auch gar nicht verstehen … leben wir ihn einfach … Wenn wir über Religion sprechen, neigen wir aufgrund unserer Unwissenheit dazu, dieser Urkraft Namen zu geben, von denen wir glauben, dass sie sie beschreiben können. Und jeder erschafft seinen eigenen persönlichen Gott, ein Bild nach seinem Ebenbild … sagen wir nicht gewöhnlich, dass Gott den Menschen nach seinem Bild und Gleichnis erschaffen hat? Nun ja … Das Problem mit dieser Gottesvorstellung ist, dass sich jeder den ewigen Vater nach seinen eigenen Vorstellungen ausmalt. Anders gesagt: Mein Gott unterstützt alles, was ich in seinem Namen tue, weil ich unter seinem Schutz stehe. Und meine Handlungen werden von seinem Willen bestimmt. … Diese vereinfachte Sichtweise auf „göttliches Eingreifen“ macht alles einfacher und erträglicher. Schließlich erfülle ich, egal was ich tue, einen Zweck, der nicht mein eigener ist, sondern der dessen, dem ich diene. Und woher weiß ich, dass ich seinen Wünschen folge? Nun, es gibt verschiedene Wege. Der wichtigste ist jedoch, auf die Führung der Gesalbten zu hören, die mein Gott auf dieser Erde zurückgelassen hat, um uns zu zeigen, wie wir ihm gefallen können. … Lasst euch nicht täuschen … einer Religion zu folgen bedeutet nicht immer, Gutes für den Nächsten zu tun. Wenn das so wäre, würden wir angesichts der unzähligen Kirchen auf dieser endlosen Welt im Paradies leben. Im wirklichen Leben läuft es nicht so ab… Das Absonderlichste an dieser Situation ist, wenn zwei Gruppen, die theoretisch demselben Glauben angehören, im Namen ihres Gottes aufeinanderprallen… ihre religiösen Führer segnen die kämpfenden Truppen und bitten um „göttlichen Schutz“… Wenn es sich um zwei verschiedene Glaubensrichtungen handelt, kann man den bevorstehenden Streit sogar noch verstehen… schließlich ist der Gott ihres Glaubens der Dämon meines. Unsere verzerrte Sichtweise verkennt, dass es nur eine Macht gibt, die die Welt beherrscht, und in unserem Eifer, nur unseren Gott als Schöpfer von allem anerkennen zu lassen, greifen wir zu Gewalt gegen die Ungläubigen, die unsere Wahrheit, die einzig wahre, nicht akzeptieren… Dieses Muster wiederholt sich auch in anderen Bereichen unseres gesellschaftlichen Lebens. In der Politik haben wir unsere Götter mit morschen Füßen, die wir notfalls sogar mit unserem Leben verteidigen. Denn unsere Auserwählten besitzen die Wahrheit, die wir so dringend wissen müssen… nur schade, dass diese Wahrheit nur ihnen und ihren Günstlingen nützt…
In sozialen Gruppen, egal welcher Art, wiederholt sich immer dasselbe. Anführer werden wie Götter verehrt, und ihr Wort ist Gesetz, dem alle folgen. Doch dann wird uns unsere Widersprüchlichkeit bewusst… Wir gehören kaum einer einzigen sozialen Gruppe an, und so landen wir oft in Gruppen, die uns feindlich gesinnt sind. Anders gesagt: Wir werden zu unseren eigenen Feinden, denn indem wir an einer bestimmten Handlung teilnehmen, widersprechen wir dem, was wir einst für die einzig wahre Wahrheit unseres Lebens hielten… Das Leben ist voller Ironien. Wir erkennen sie nicht immer. Aber es liegt in unserer Natur. Schließlich werden wir ständig dazu verleitet, neuen Regeln zu folgen… und wenn der Anführer einer solchen Gruppe über exzellente Redekunst verfügt, wie der Rattenfänger von Hameln, wird er uns überzeugen, einen Weg einzuschlagen, der uns nichts Gutes bringen wird… Aber letztendlich zählt doch, was die soziale Gruppe, zu der wir uns zugehörig fühlen, über uns entscheidet, nicht wahr?…
Tania Miranda – Brasilien – 24.11.2025
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