O MUNDO INVISIVEL NO QUAL VIVEMOS
A algum tempo atrás dois grandes sábios, um matemático e outro filósofo, conversavam sobre o que é real e o que não é nesse nosso Universo. Não dá para dizer qual dos dois venceu a discussão, uma vez que tal assunto é complexo... está além da nossa compreensão...
Embora tudo no mundo exista de fato, independentemente de estarmos presentes ou não, como podemos saber de sua existência se não nos dermos conta de sua presença em nosso espaço? Afinal, de certa forma, aquilo que não estamos vendo simplesmente não existe para nós...
Sei que esta é uma visão simplista do Universo. Mas pense bem... em que afeta sua vida a existência ou não de determinado objeto do qual você nunca ouviu falar? Até que lhe seja apresentada tal peça, ela simplesmente não existe, ao menos em seu Universo Particular...
Existem bilhões de pessoas espalhadas pelo Mundo. Cada uma com sua visão, suas opiniões... vivendo sua vida. Que, de certa forma, em nada interfere na vida de outras que simplesmente ignoram sua existência. Somos invisíveis para aqueles que não tem nenhum tipo de contato conosco. Ou seja, não existimos...
Assim como nós, os objetos com os quais não temos contato também não existem. Ao menos para nós. Porque, por ignorarmos sua existência, esses objetos seriam, no máximo, devaneios de uma mente conturbada, dependendo de que tipo de artefato estamos falando. Para exemplificar melhor, eu citaria uma história de ficção científica, onde muitos dos aparelhos ali apresentados existem apenas na imaginação do autor... até que alguém resolva criá-los em nosso "Mundo Real"...
Por mais estranho que soe, aquilo que você ignora simplesmente não existe. Ao menos para você. E muitas vezes, tal artefato é irreal também para sua Comunidade. Porque nenhum dos membros de seu grupo foi apresentado à novidade em questão. E quando tal acontece, a desconfiança a respeito de tal novidade é o primeiro sentimento desperto nas pessoas...
O ser humano, por mais curioso que seja, é avesso a surpresas. Quando há alguma novidade em seu espaço, enquanto não se intera como realmente tal irá interferir em sua vida, age com cautela, sempre desconfiado sobre tal novidade. Foi assim com as invenções que a princípio lhe causaram surpresa. Depois, quando percebeu o quanto de beneficio tais novidade trariam, as absorveu em seu dia a dia. Mas até esse momento, tais novidades simplesmente não existiam. Não no Universo Particular de cada um. Nem mesmo para seu núcleo social...
Sim, somos invisíveis como indivíduos. Em realidade, acabamos como massa de manobra. Porque, se formos convencidos a seguir determinada linha simplesmente o faremos. Basta que nos convençam que determinado caminho seja o melhor para a Comunidade como um todo. Como você acha que os Dirigentes dos vários núcleos sociais que convencionamos chamar de "países" conseguem levar seu povo a participar de conflitos armados quando, em sã consciência, jamais levantariam sua mão contra seus iguais? A resposta é simples... não são "seus iguais", porque para eles os outros simplesmente não existem...
Nenhum de nós existe individualmente. Ao mesmo tempo estamos presentes no espaço, fazemos volume. Mas... bem, para que você "exista", de fato, tem que cumprir certas exigências... a primeira delas, a principal, é estar inserido em algum núcleo social. E é quase impossível tal não acontecer. Afinal, estamos sempre fazendo parte de algum grupo, não é mesmo?...
Mas é justamente esse o ponto. O fato de necessitarmos validar nossa existência faz com que, muitas vezes, sigamos linhas de conduta que, de outra forma, jamais seguiríamos. Muito se fala que, quando uma nação entra em conflito com outra, o grupo mais forte só tem o poder de oprimir a mais fraco porque as "pessoas de bem" simplesmente se omitem, deixam de agir conforme sua consciência. Mas sabe porque isso acontece? Bem, expliquei tal conduta já na primeira linha... é que para essas pessoas, as outras simplesmente não existem... são no máximo fantasmas que apareceram para assombrar a realidade pacata na qual viviam...
Se quiser entender melhor tal conceito, basta olhar ao seu redor... quantas pessoas em situação de miséria cruzam diariamente seu caminho? E quantas você realmente nota? Provavelmente nenhuma. Porque estas são invisíveis para você, não fazem parte de seu Universo, não fazem parte dos círculos que você frequenta. Se você não sabe que elas existem, bem... ao menos em seu mundo particular elas realmente não existem...
Como resolver tal situação? De certa forma, teríamos que seguir o exemplo da Matrix, o filme... despertar do mundo letárgico no qual vivemos e encarar a vida real, com todos os desafios e percalços que dela fazem parte. Um dia, talvez, consigamos tal intento. Mas, até lá, a divisão entre as pessoas continuará a existir...
Tania Miranda - Brasil - 14/11/2025
=========================================================================
EL MUNDO INVISIBLE EN EL QUE VIVIMOS
Hace algún tiempo, dos grandes sabios, un matemático y un filósofo, debatían sobre qué es real y qué no lo es en nuestro Universo. Es imposible decir quién ganó la discusión, pues se trata de un tema complejo, que trasciende nuestra comprensión.
Aunque todo en el mundo existe, estemos presentes o no, ¿cómo podemos saber de su existencia si no somos conscientes de su presencia en nuestro espacio? Al fin y al cabo, en cierto modo, lo que no vemos simplemente no existe para nosotros.
Sé que esta es una visión simplista del Universo. Pero piénsalo: ¿cómo afecta a tu vida la existencia o inexistencia de un objeto del que nunca has oído hablar? Hasta que no te encuentras con él, simplemente no existe, al menos no en tu Universo particular.
Hay miles de millones de personas repartidas por todo el mundo. Cada una con su propia visión, sus propias opiniones, viviendo su vida. Lo cual, en cierto modo, no interfiere en la vida de quienes simplemente ignoran nuestra existencia. Somos invisibles para quienes no tienen contacto con nosotros. En otras palabras, no existimos...
Al igual que nosotros, los objetos con los que no tenemos contacto tampoco existen. Al menos no para nosotros. Porque, al ignorar su existencia, estos objetos serían, a lo sumo, fantasías de una mente perturbada, dependiendo del tipo de artefacto del que hablemos. Para ilustrar mejor esto, citaré una historia de ciencia ficción donde muchos de los dispositivos presentados existen solo en la imaginación del autor... hasta que alguien decide crearlos en nuestro "Mundo Real"...
Por extraño que parezca, lo que ignoras simplemente no existe. Al menos no para ti. Y a menudo, dicho artefacto también es irreal para tu comunidad, porque ninguno de sus miembros ha tenido conocimiento de la novedad en cuestión. Y cuando eso sucede, la desconfianza hacia tal novedad es el primer sentimiento que despierta en las personas...
Los seres humanos, por muy curiosos que sean, son reacios a las sorpresas. Cuando algo nuevo ocurre en su entorno, hasta que comprenden cómo afectará realmente a su vida, actúan con cautela, siempre recelosos de dicha novedad. Así sucedía con los inventos que inicialmente les sorprendían. Más tarde, al darse cuenta de lo beneficiosas que serían estas novedades, las incorporaban a su vida cotidiana. Pero hasta ese momento, tales novedades simplemente no existían. No en el universo particular de cada individuo. Ni siquiera para su círculo social...
Sí, somos invisibles como individuos. En realidad, terminamos siendo peones. Porque, si nos convencen de seguir un camino determinado, simplemente lo haremos. Basta con que nos convenzan de que cierto camino es el mejor para la comunidad en su conjunto. ¿Cómo creen que los líderes de los diversos grupos sociales que convencionalmente llamamos "países" logran que su gente participe en conflictos armados cuando, en su sano juicio, jamás levantarían la mano contra sus iguales? La respuesta es sencilla: no son "sus iguales", porque para ellos, los demás simplemente no existen.
Ninguno de nosotros existe individualmente. Al mismo tiempo, estamos presentes en el espacio, creamos volumen. Pero... bueno, para "existir" de verdad, hay que cumplir ciertos requisitos... el primero y principal es formar parte de algún grupo social. Y es casi imposible que no ocurra. Al fin y al cabo, siempre formamos parte de algún grupo, ¿no?
Pero ese es precisamente el quid de la cuestión. El hecho de que necesitemos validar nuestra existencia a menudo nos lleva a seguir conductas que jamás seguiríamos de otro modo. Se suele decir que cuando una nación entra en guerra con otra, el grupo más fuerte solo tiene el poder de oprimir al más débil porque la gente "buena" simplemente guarda silencio, sin actuar según su conciencia. ¿Pero sabes por qué ocurre esto? Bueno, expliqué esta conducta en la primera línea... es porque para estas personas, los demás simplemente no existen... son, a lo sumo, fantasmas que aparecieron para rondar la pacífica realidad en la que vivían...
Si quieres entender mejor este concepto, solo mira a tu alrededor... ¿cuántas personas que sufren se cruzan en tu camino a diario? ¿Y a cuántas realmente notas? Probablemente a ninguna. Porque son invisibles para ti, no forman parte de tu universo, no forman parte de los círculos que frecuentas. Si no sabes que existen, bueno... al menos en tu mundo particular, en realidad no existen...
¿Cómo resolver esta situación? En cierto modo, tendríamos que seguir el ejemplo de Matrix, la película... despertar del mundo letárgico en el que vivimos y enfrentarnos a la vida real, con todos los retos y obstáculos que conlleva. Algún día, quizás, lo lograremos. Pero, hasta entonces, la división entre las personas seguirá existiendo...
Tania Miranda - Brasil - 14/11/2025
========================================================================
THE INVISIBLE WORLD IN WHICH WE LIVE
Some time ago, two great sages, a mathematician and a philosopher, were discussing what is real and what is not in our Universe. It's impossible to say which of the two won the argument, since such a subject is complex... beyond our comprehension...
Although everything in the world actually exists, regardless of whether we are present or not, how can we know of its existence if we are not aware of its presence in our space? After all, in a way, what we are not seeing simply does not exist for us...
I know this is a simplistic view of the Universe. But think about it... how does the existence or non-existence of a certain object you've never heard of affect your life? Until you are presented with such a piece, it simply does not exist, at least not in your particular Universe...
There are billions of people scattered throughout the world. Each with their own vision, their own opinions... living their lives. Which, in a way, does not interfere in the lives of others who simply ignore their existence. We are invisible to those who have no contact with us. In other words, we don't exist...
Just like us, the objects with which we have no contact also don't exist. At least not for us. Because, by ignoring their existence, these objects would be, at most, the daydreams of a troubled mind, depending on what kind of artifact we are talking about. To better illustrate this, I would cite a science fiction story, where many of the devices presented exist only in the author's imagination... until someone decides to create them in our "Real World"...
As strange as it may sound, what you ignore simply doesn't exist. At least not for you. And often, such an artifact is also unreal for your community. Because none of the members of your group have been introduced to the novelty in question. And when that happens, distrust regarding such novelty is the first feeling awakened in people...
Human beings, however curious they may be, are averse to surprises. When something new happens in your space, until you understand how it will truly affect your life, you act cautiously, always suspicious of such novelty. This was the case with inventions that initially surprised you. Later, when you realized how beneficial these novelties would be, you absorbed them into your daily life. But until that moment, such novelties simply didn't exist. Not in the particular universe of each individual. Not even for their social circle...
Yes, we are invisible as individuals. In reality, we end up as pawns. Because, if we are convinced to follow a certain path, we will simply do so. It is enough that they convince us that a certain path is the best for the community as a whole. How do you think the leaders of the various social groups that we conventionally call "countries" manage to lead their people to participate in armed conflicts when, in their right mind, they would never raise their hand against their equals? The answer is simple... they are not "their equals," because for them, others simply do not exist...
None of us exists individually. At the same time, we are present in space, we create volume. But... well, for you to truly "exist," you have to fulfill certain requirements... the first and foremost is being part of some social group. And it's almost impossible for that not to happen. After all, we are always part of some group, aren't we?...
But that's precisely the point. The fact that we need to validate our existence often leads us to follow lines of conduct that we would never otherwise follow. It's often said that when one nation goes to war with another, the stronger group only has the power to oppress the weaker one because the "good people" simply remain silent, failing to act according to their conscience. But do you know why this happens? Well, I explained this conduct in the first line... it's because for these people, the others simply don't exist... they are at most ghosts that appeared to haunt the peaceful reality in which they lived...
If you want to understand this concept better, just look around you... how many people in misery cross your path daily? And how many do you really notice? Probably none. Because these are invisible to you, they are not part of your universe, they are not part of the circles you frequent. If you don't know they exist, well... at least in your particular world they don't really exist...
How to resolve such a situation? In a way, we would have to follow the example of The Matrix, the movie... awakening from the lethargic world in which we live and facing real life, with all the challenges and obstacles that are part of it. One day, perhaps, we will achieve this goal. But, until then, the division between people will continue to exist...
Tania Miranda - Brazil - 11/14/2025
======================================================================

Comentários
Postar um comentário