Tania Miranda

  Viver em sociedade não é fácil. Porque ela tem mil e uma regras que devem ser cumpridas. Não se deve quebrar nenhuma delas, sob pena de ser apontada como uma pária no grupo. Sim, a sociedade tem regras. E a primeira, a principal é aquela que diz que você tem que abrir mão de sua individualidade. Para que você esteja dentro dos parâmetros aceitáveis pelo grupo, deve estar sempre alinhada com os pensamentos deste, não importa o que você sinta, não importa quais suas necessidades... para estar de acordo com aquilo que o grupo exige, deverá abrir mão de sua individualidade... Por mais que falemos que cada um tem sua própria maneira de ser, essa forma de agir só é aceita até certo ponto. Há paradigmas que não podem ser quebrados. O mais estranho é que esses paradigmas não tem a ver com ética... não tem a ver com honestidade. Um indivíduo pode até transgredir as leis civis e jurídicas do grupo, que ainda assim será aceito por todos, sem reserva. Porém, se ousar quebrar as normas aceitáveis

  Somos seres carentes de atenção. Isso é um fato. Quando, por algum motivo, não recebemos a parcela de amor e carinho que acreditamos merecer, ficamos tristes. O mundo fica cinzento, os pássaros não gorjeiam mais à nossa volta, as flores perdem seu perfume... até as estrelas que enfeitam o céu noturno perdem seu brilho, deixando nosso mundo particular lúgubre, sombrio... Parece exagero falar assim, não é mesmo? Infelizmente, não é. Estamos sempre atrás da aprovação das outras pessoas a nossa volta. Não vivemos para nós, vivemos para os outros. Mesmo que em um primeiro momento não percebamos isso... Somos parte de um grupo social. Um, não, vários. O primeiro é, como não poderia deixar de ser, nossa família. Temos regras de conduta bem definidas para seguirmos nesse grupo, que é aquele que nos prepara para podermos ingressar em outros... é onde exigimos que todos os componentes do grupo sigam aquilo que está estabelecido como "correto", aceitável"... e o que não seguir es

  Durante a vida experimentamos diversas sensações, algumas boas e prazerosas, outras já nem tanto. É nossa senda, e temos que aceitar tudo o que recebemos, seja bom ou ruim. Mesmo porque não há muito o que possamos fazer. Reagimos de acordo com o momento que vivemos, por mais que pensemos o contrário. Claro, fazemos planos que desejamos concretizar, mas nem sempre isso é possível, uma vez que viver é incerteza constante... Embora tracemos nossa caminhada da melhor forma  que podemos, muitas vezes, devido a acidentes de percurso, não nos é possível chegar ao resultado esperado. Claro que alguns conseguem, mas a maioria fica pelo caminho. Afinal, estamos sempre em disputa, onde um, e apenas um, conseguirá alcançar o objetivo... Antes que me contradigam, pensem um pouco... a nossa própria existência é decorrente dessa afirmação. Afinal, começamos a competir mesmo antes de nascer. E a primeira competição é que nos dará ou não o direito de nascer. E se para o vencedor dessa primeira corrid