EGOÍSMO
Somos egoístas. Isso é um fato. Relutamos ao máximo em dividir aquilo que nos dá prazer ou conforto com nossos semelhantes, por mais próximos que sejam de nós. É como se tivéssemos medo de, ao doar algo que para nós é de suma importância, estivéssemos nos condenando a não mais voltar àquele momento de êxtase e prazer que tanto nos agradara...
Começamos nossa caminhada ainda pequenos... lindos e pequerruchos bebês, sempre prontos a pedir colo e carinho para aqueles que nos cercam, mas nada receptivos quando alguém tenta pegar algum objeto que consideramos de nossa propriedade... eu disse "objeto", mas na verdade isso se aplica a pessoas, também. Aquelas pessoas que são importantes para a pequena criatura não podem ser assediadas por ninguém, pois com certeza o berreiro de protesto logo se iniciará...
E vamos crescendo nessa senda... quando aprendemos a dar nossos primeiros passos e podemos explorar o mundo a nossa volta, o sentimento de posse toma conta de nosso coração. O mundo é imenso, tem muitos tesouros a serem encontrados, e todos eles são nossos...
Se estamos de posse de algum objeto... não importa o que seja... ele é nosso e somente nosso. E apesar de nossa pequena estatura, apesar de sermos "frágeis bebês", partimos com violência contra o outro que ousa desejar "nossa" propriedade... claro que a querela será contra outro bebê... se for alguém maior... uma criança ou um adolescente, nossa arma secreta será usada sem parcimônia... o berreiro irá iniciar e só "nos acalmamos" quando o perigo passar...
Bem, crescemos, nos tornamos crianças, adolescentes, jovens, adultos... seguimos toda a escala evolutiva que nos cabe. Nessa caminhada vamos aprendendo a controlar nossos sentimentos. Mas controlar não significa "extirpar". E continuamos nossa saga egoísta, desta vez usando de subterfúgios mais sutis...
Se alguém nos solicita algo que temos, mas não desejamos dividir, usamos das desculpas mais esfarrapadas possível... claro que, dependendo do nível de proximidade que essa pessoa tem conosco, algumas vezes nos arrependemos de nossas negativas e acabamos por dividir com ela o que nos foi solicitado. Mas não é sempre...
Algumas vezes nosso egoísmo vem travestido de "altruísmo"... ou seja, aparentemente estamos nos doando sem esperar nada em troca de nosso gesto. Mas, na verdade, é apenas uma forma de nos negarmos a repartir algo que consideramos essencial para nós, por isso ofertamos "generosamente" o que na realidade não queremos... é algo que iríamos descartar, de qualquer forma...
Sim, somos complexos. Entender tudo que se passa por nossa mente, entender nossas emoções é um trabalho hercúleo... por mais que tentemos estudar as reações que temos diante das mais diversas situações, dificilmente chegaremos a um senso comum. Então, o melhor que podemos fazer é procurar dar nosso melhor para nosso semelhante. Afinal, egoísmo não combina com "viver em grupo"...
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EGOÍSMO
Somos egoístas. Relutamos em dividir o que nos dá prazer ou conforto com nossos semelhantes, por mais próximos que sejam. É como se tivéssemos medo de, ao doar algo, estivéssemos nos condenando a perder aquilo que nos agrada...
Começamos nossa caminhada ainda pequenos... lindos e pequerruchos bebês, sempre prontos a pedir colo e carinho para os que nos cercam, mas nada receptivos quando alguém tenta pegar algum objeto de nossa propriedade... eu disse "objeto", mas isso se aplica a pessoas, também. As pessoas importantes para a pequena criatura não podem ser assediadas por ninguém, pois o berreiro de protesto logo se inicia...
E vamos seguindo nessa senda... quando aprendemos a dar os primeiros passos e começamos a explorar o mundo, o sentimento de posse toma conta de nosso coração. O mundo é imenso, tem muitos tesouros, e todos eles são nossos...
Se estamos de posse de algum objeto... não importa o que seja... ele é nosso e somente nosso. E apesar de sermos "frágeis bebês", partimos com violência contra o outro que ousa desejar "nossa" propriedade... claro que a querela será contra outro bebê... se for alguém maior... uma criança ou um adolescente, usaremos nossa arma secreta sem cerimônia... o berreiro se inicia e só "nos acalmamos" quando o "perigo" passar...
Crescemos, nos tornamos crianças, adolescentes, jovens, adultos... seguimos toda a escala evolutiva que nos cabe. Nessa caminhada vamos aprendendo a nos controlar. Mas controlar não significa "extirpar" aquilo que é negativo. Continuamos nossa saga, desta vez usando de meios mais sutis...
Se alguém pede algo que temos, mas não queremos dividir, usamos as desculpas mais esfarrapadas possível... claro que, dependendo do nível de proximidade que essa pessoa tem conosco, podemos nos arrepender e acabar dividindo com ela o que nos foi solicitado. Mas não é sempre...
As vezes o egoísmo vem travestido de "altruísmo"... aparentemente estamos nos doando sem esperar nada em troca por nosso gesto. Mas, na verdade, é apenas uma forma de negarmos algo que consideramos essencial para nós, por isso ofertamos "generosamente" o que na realidade não queremos... aquilo que iríamos descartar, de qualquer forma...
Sim, somos complexos. Entender tudo que se passa por nossa mente, entender nossas emoções é um trabalho hercúleo... por mais que estudemos nossas reações diante das mais diversas situações, dificilmente chegaremos a um senso comum. Então, o melhor que podemos fazer é procurar dar nosso melhor para nosso semelhante. Afinal, egoísmo não combina com "viver em grupo"...
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EGOÍSMO
Somos egoístas. Somos reacios a compartir lo que nos da placer o consuelo con nuestros semejantes, por muy cercanos que sean. Es como si tuviéramos miedo de que, al donar algo, nos estuviéramos condenando a perder lo que nos gusta...
Comenzamos nuestro camino cuando aún éramos pequeños... bebés hermosos, diminutos, siempre dispuestos a pedir apoyo y cariño a quienes nos rodeaban, pero nada receptivos cuando alguien intentaba quitar algún objeto de nuestra propiedad... dije "objeto", pero eso no es cierto también para las personas. Las personas importantes para la pequeña criatura no pueden ser acosadas por nadie, ya que pronto comienza el grito de protesta...
Y seguimos en este camino... cuando aprendemos a dar nuestros primeros pasos y comenzamos a explorar el mundo, el sentimiento de propiedad se apodera de nuestro corazón. El mundo es inmenso, tiene muchos tesoros, y todos son nuestros...
Si estamos en posesión de cualquier objeto... no importa lo que sea... es nuestro y sólo nuestro. Y a pesar de ser "bebés frágiles", comenzamos con la violencia contra el otro que se atreve a desear "nuestra" propiedad... claro que la riña será contra otro bebé... si es alguien mayor... un niño o un Adolescente, usaremos nuestra arma secreta sin ceremonias... los gritos comienzan y sólo nos "calmamos" cuando pasa el "peligro"...
Crecemos, nos convertimos en niños, adolescentes, jóvenes, adultos… seguimos toda la escala evolutiva que nos conviene. En este viaje aprendemos a controlarnos a nosotros mismos. Pero controlar no significa "eliminar" lo negativo. Continuamos nuestra saga, esta vez usando medios más sutiles...
Si alguien nos pide algo que tenemos, pero no queremos compartir, utilizamos las excusas más tontas posibles... claro, dependiendo del nivel de cercanía que esa persona tenga con nosotros, podemos arrepentirnos y terminar compartiendo con ellos lo que nos pidieron. Pero no siempre es así...
A veces el egoísmo viene disfrazado de “altruismo”… aparentemente nos estamos entregando sin esperar nada a cambio de nuestro gesto. Pero, en realidad, es sólo una forma de negar algo que consideramos esencial para nosotros, por lo que ofrecemos "generosamente" lo que realmente no queremos... lo que descartaríamos, de todos modos...
Sí, somos complejos. Comprender todo lo que pasa por nuestra mente, comprender nuestras emociones es una tarea hercúlea… por mucho que estudiemos nuestras reacciones ante las más diversas situaciones, nos resulta difícil alcanzar el sentido común. Entonces, lo mejor que podemos hacer es intentar dar lo mejor de nosotros a nuestro prójimo. Después de todo, el egoísmo no va con "vivir en grupo"...
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SELFISHNESS
We are selfish. We are reluctant to share what gives us pleasure or comfort with our fellow human beings, no matter how close they are. It is as if we were afraid that by giving something away, we were condemning ourselves to losing what we like...
We begin our journey when we are still small... beautiful, tiny babies, always ready to ask for cuddles and affection from those around us, but not at all receptive when someone tries to take an object that belongs to us... I said "object", but this applies to people, too. The people who are important to the little creature cannot be harassed by anyone, because the screaming of protest soon begins...
And we continue on this path... when we learn to take our first steps and begin to explore the world, the feeling of possession takes over our hearts. The world is immense, it has many treasures, and they are all ours...
If we are in possession of an object... it does not matter what it is... it is ours and ours alone. And despite being "fragile babies", we start with violence against the other who dares to want "our" property... of course the quarrel will be against another baby... if it is someone older... a child or a teenager, we will use our secret weapon without ceremony... the screaming starts and we only "calm down" when the "danger" has passed...
We grow up, become children, teenagers, young people, adults... we follow the entire evolutionary scale that is up to us. On this journey we learn to control ourselves. But controlling does not mean "eradicating" that which is negative. We continue our saga, this time using more subtle means...
If someone asks for something we have, but we do not want to share, we use the most flimsy excuses possible... of course, depending on the level of closeness that person has with us, we may regret it and end up sharing with them what was asked of us. But this is not always the case...
Sometimes selfishness comes disguised as "altruism"... apparently we are giving ourselves without expecting anything in return for our gesture. But, in reality, it is just a way of denying something that we consider essential to us, so we "generously" offer what we don't really want... what we would discard anyway... Yes, we are complex. Understanding everything that goes through our minds, understanding our emotions is a herculean task... no matter how much we study our reactions to the most diverse situations, it is difficult to reach a common sense. So, the best we can do is try to do our best for our fellow man. After all, selfishness does not go with "living in a group"...
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